2017 será melhor ainda para o setor sucroenergético
Apesar de tudo que vem acontecendo no Brasil, o setor sucroenergético não pode reclamar de 2016, foi o melhor ano em quase uma década, com o açúcar batendo o recorde histórico de preço no mercado interno e indo às alturas no mercado externo. O que equilibrou a remuneração do etanol.
E a expectativa, é que 2017 também seja um bom ano em termos de preços de mercado. “Se por um lado estima-se que não teremos grande produção de matéria-prima, por outro se espera preços remuneradores. As empresas deverão conseguir bons resultados no próximo ano, inclusive quanto ao etanol. Este combustível é remunerador hoje, mas num nível bem abaixo do açúcar. O que esperamos é que o açúcar não se mantenha nesse preço tão alto na média de 2017, e o etanol deverá subir um pouco, mas ainda deverá ser mais favorável o preço para açúcar do que para o etanol. Não é que o etanol não será remunerador, mas o açúcar se manterá num patamar melhor. A tendência é que as empresas maximizem a produção de açúcar”, diz Francisco Oscar Louro Fernandes, economista e diretor da Sucrotec
“O ano de 2016 foi bom para o etanol, não podemos reclamar”, salienta Alexandre Nicodemo, diretor da Usina Santa Vitória. Segundo ele, os preços começaram o ano num nível pior do que imaginavam. “Mas isto inverteu rápido a partir de junho e, de repente, ultrapassou o montante que tínhamos planejado. Na média, o etanol teve um desempenho melhor do que havíamos estimado. A valorização do açúcar puxou o etanol hidratado também, é inegável isso, porque as usinas inverteram, começaram a fazer mais açúcar, e isto acabou resultando em menor produção de etanol. Acredito que os preços em 2017 vão continuar bons, mas talvez não na mesma proporção deste ano. Trabalhamos na Santa Vitória apenas com o hidratado, mas como vemos que, por conta do preço, muitas unidades fecharam contrato de açúcar, apostamos que os preços continuarão atrativos para o etanol em 2017.”
Na visão de consultores, com a melhor remuneração dos produtos da cana, iniciado em 2015, uma parte maior do setor estará, em 2017, com o caixa mais equilibrado, menos no vermelho, o que permitirá mais investimentos, incrementando a cadeia sucroenergética.
Fonte: CanaOnline