INFLAÇÃO CONTINUA SENDO IMPACTADA PELA DEMANDA FORTE DA RETOMADA PÓS-PANDEMIA
Em sua participação na Megacana Tech Show, desta semana, dia 25, o Economista Chefe da XP Investimentos, Caio Megale, falou sobre a inflação no Brasil e no mundo. Segundo ele, este é um dos temas do momento. “O índice de preço continua muito pressionado por conta das cadeias produtivas globais, trazendo a inflação do mundo todo para cima e a nossa aqui, com uma taxa cambial ainda desvalorizada é impactada ainda mais”, destacou.
Megale lembra que há um demanda muito forte devido a retomada pós-pandemia, vendas no varejo pressionando a demanda, o que acaba permitindo que o custo de produção passe para o preço. Segundo ele, com a inflação a 10%, acima do que se via nos últimos anos e acima da meta do Banco Central, a tendência é que fique pressionada por um tempo, visto inclusive, a reabertura econômica. Para ele, conforme o mundo vai se normalizando e a alta taxa de juros faça efeito, a inflação deve voltar a níveis mais moderados.
O economista destacou ainda que a inflação tem sido mais alta nos países em que a vacinação foi bem e a economia abriu mais rápido, como os Estados Unidos, por exemplo, que está com a inflação mais alta dos últimos anos, fazendo com que o Banco Central deles, suba as taxas de juros no próximo ano. “Sempre que eles sobem as taxas, afeta o mercado financeiro, mercado de capitais, o que deve trazer alguma volatilidade para nós. Por outro lado, se pisa no freio lá, pode ajudar aqui também. Mas tem menor liquidez e volatilidade”, afirmou.
*Suprimentos*
Megale, assim como dito por Leonardo Alencar, da XP, no último programa, tem acompanhado a questão da cadeia global de suprimentos. Segundo ele, o impacto principal está nos custos dos insumos, fertilizantes e produtos ligados à área química e que é ligada a questão energética, que esta com custos pressionados.
Ele lembra que com o barril de petróleo a 80 doláres, isso vai cascateando para outros insumos de produção. Megale destaca, no entanto, que apesar do Agro sentir o problema do desabastecimento global, vai passar um pouco mais protegido devido a demanda externa firme e também mediante a questão climática, visto que, felizmente, o risco de estresse hídrico tem diminuído nas últimas semana. “Ou seja, demanda forte e condições climáticas favoráveis, deve compensar”, disse.
*Precatórios*
Em relação a PEC dos Precatórios, o economista destaca que o governo vive pressão fiscal importante. O Brasil, como dito por ele em outros programas da Megacana TV, é um país endividando e sempre que há sinalização de mais gastos para frente, afeta o mercado. “A PEC aprovada na Câmara tem um conteúdo que de um lado preocupa, pois aumenta gastos, mas por outro, limita esta possibilidade de gastos adicionais do ano que vem e dos próximos. O risco é ela não ser aprovada e os gastos serem feitos a revelia das regras fiscais, o que gera volatilidade mais pra frente. A previsão é que o foi aprovado na Câmara, ou seja, o coração do projeto, seja aprovado também no Senado e depois abre espaço para o orçamento. Temos que monitorar de perto, mas as evoluções que estamos acompanhando indicam que devem votar até o fim deste ano”, finalizou.
A Megacana Tech Show, que está em sua 13ª edição, foi idealizada pela Canacampo e pela Siamig, que esta sob o comando de Mário Campos, que também é o presidente do Fórum Nacional Sucroenergético. A realização da feira é da Agência Solis. O programa Megacana TV acontece todas as quintas-feiras, às 19h, e pode ser acessado por meio de link no site www.megacana.com.br e pelo youtube da feira. A feira segue até o dia 09 de dezembro e finaliza com o Dia de Campo, na sede da Canacampo, em Campo Florido. A Megacana é patrocinada pelas mais importantes empresas do segmento, sendo: Coruripe, Ubyfol e Koppert e SmartBreeder (Master) e Basf, Copercana, FMC, Bayer, H2Copla e Coplacana (Ouro).
Assessoria de Imprensa Megacana