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SETOR TEM CONDIÇÕES DE SER PROTAGONISTA NÃO APENAS NO FUTURO DA MOBILIDADE, MAS NO FUTURO DO PAÍS, DIZ MÁRIO CAMPOS

O presidente da SIAMIG e do Fórum Nacional Sucroenergético (FNS), Mário Campos, falou ontem (11) no MegaCana Tech Show sobre Mobilidade Sustentável e a importância da COP-26 para o setor e o país. Segundo ele, o Brasil é protagonista no uso dos biocombustíveis como alternativa para abastecimento, com a criação na década de 70 de um modelo de abastecimento sustentável com o etanol hidratado e o anidro misturado à gasolina, o que não é realidade em outros países. Mais recentemente foi desenvolvido o biodiesel, etanol de milho, de segunda geração e o biometano, substituindo o gás de origem fóssil.

Mário Campos diz que é importante que o setor produtivo, governo e indústria automobilística estejam juntos na discussão da mobilidade sustentável. O presidente e CEO da Volks na América Latina, por exemplo, já participou do MegaCana e ressaltou que o Brasil pode ser novamente exemplo na questão dos biocombustíveis, inclusive, para outros países e na exportação dos produtos. “O país tem todas as condições de construir, de forma conjunta, essa visão de futuro da mobilidade inserindo os biocombustíveis”, afirmou.

Os biocombustíveis têm uma pegada muito pequena de carbono e o Renovabio demonstra o quanto o país está avançado em relação as emissões. São várias oportunidades vislumbradas também, como a melhoria do motor a combustão (carro flex), do híbrido (combustão e elétrico) e quem sabe no futuro o uso da célula de hidrogênio.

 Mário Campos diz que o governo federal lançou o programa “Combustível do Futuro” a fim de abrir essa discussão e identificar, junto com a sociedade, qual será o combustível ou os combustíveis a serem utilizados no Brasil.

Recentemente, o país contou com o lançamento de dois movimentos muito interessantes: o de Mobilidade Sustentável, que nasceu dentro do setor e começa a ter um aspecto multisetorial. O movimento conta com a participação da Volks e já realizou uma live, no Jornal Valor Econômico, colocando a questão das emissões e dos biocombustíveis. Mais recentemente, também, foi lançado o movimento de Mobilidade Sustentável de Baixo Carbono (MSBC), que conta com a participação da Unica, Anfavea, o Sindipeças e outras entidades, no sentido de também mostrar para a sociedade os benefícios da utilização dos biocombustíveis.

COP 26

Sobre a COP 26, que termina hoje (12) em Glasgow (Escócia), Mário Campos disse que estão sendo definidos importantes assuntos sobre o clima, sendo que o Brasil foi o país pioneiro nessa temática, se compromissando com as metas do Acordo de Paris. Este ano, porém, chega à COP26 com uma imagem desgastada, e procurou implementar algumas medidas que atenuassem essa má impressão com a temática ambiental.

 O Brasil referendou a meta de neutralidade em 2050, sendo que no Acordo de Paris foi de redução das emissões em 43% (ano base 2005 até 2030) e aumentou para 50%. O país já tinha anunciado que iria zerar o desmatamento ilegal em 2030, e antecipou para 2027. “É um desafio, mas acredito que com uma forte união poderá se combater o desmatamento ilegal” destacou.

Mário Campos disse que a COP26 contou, também com o Acordo do Metano, onde os países signatários definiram a redução de 30% dessa emissão, sendo que esse é um dos gases do efeito estufa. O Brasil tem um setor forte de pecuária e esse acordo poderá interferir, porém,  na sua condução nos próximos anos.

Artigo 6

O que está se procurando também na COP26 é um desfecho para o Artigo 6º do Acordo de Paris, que versa sobre mecanismos de cooperação e precificação do CO2 e uma tentativa de encontrar uma solução para o financiamento dos países mais pobres e de onde virão os recursos para que possam alcançar suas metas climáticas. No Brasil já se iniciou uma discussão no Congresso Nacional que trata do mercado de carbono, e pode trazer muitas oportunidades para o setor sucroenergético.

Mário Campos lembrou que na COP 26 teve a presença de muitos governadores, inclusive do governo de Minas Gerais, Romeu Zema (a primeira vez que um governador do estado participa) com assinatura de acordos estaduais que promovem essa temática. Ocorreu também a participação de muitos CEOs de empresas brasileiras, que fizeram publicidade no  Financial Times. “Temos um ambiente voltado para a temática ambiental muito propício e o setor que tem a sustentabilidade no sangue, sem dúvida, tem condições de ser, novamente, protagonista não apenas do futuro da mobilidade, mas do futuro do Brasil”, destacou.

 

Fonte: Gerência Comunicação SIAMIG – 12/11

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