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CENÁRIO POLÍTICO TEM AFETADO NEGATIVAMENTE O MERCADO FINANCEIRO, DIZ ESTRATEGISTA CHEFE DA XP

Durante a Megacana Tech Show de quinta-feira (3), a turbulência do mercado financeiro, os números baixos da bolsa e as perspectivas para 2022, foram temas da participação de Fernando Ferreira, Estrategista Chefe da XP Investimentos, no painel “De olho no Mercado Financeiro”.

Fernando afirmou que a instabilidade do mercado financeiro do país se deve, em grande parte, por eventos ocorridos aqui mesmo. Ele destacou que o mercado exterior, continua com tendência de alta, inclusive, com novas máximas. “Enquanto aqui os ativos brasileiros foram na contramão dos ativos globais devido aos riscos fiscais, políticos, mercado questionando cenário para 2022, economistas revisando PIB para baixo, inflação para cima e juros maiores”, destacou.

Este é um cenário já visto no passado, ou seja, de gastos elevados, inflação alta, o que força o Banco Central a subir os juros de maneira mais forte, como ocorreu na última reunião onde a taxa Selic foi reajustada em 1,5%, sendo a maior alta em uma única reunião nos últimos anos.

“Então esse cenário acabou sendo precificado nos ativos brasileiros, justamente pela incerteza fiscal que se deve muito ao cenário político. Toda essa discussão da PEC dos precatórios, teto de gastos, toda essa incerteza que acabou sendo transferida para nossa bolsa, que caiu de 130 mil pontos para 105, 106 mil. Câmbio voltou para 5,60 - 5,70,  subindo bastante. E em terceiro as taxas de juros de mercado. Quando olhamos os contratos do CDI passando a precificar o cenário de juros lá na frente, acima de 12% ano,  é um cenário que já vimos em anos passados”, disse.

 Bolsa brasileira em queda

Em relação aos resultados da bolsa brasileira que estão desagradando investidores, Fernando Ferreira, confirma que em termos de preço a bolsa do Brasil teve uma das piores performance do mundo, quando se olha o ano de 2021.

Mas, segundo ele, as empresas estão bem, já que o que pesou na bolsa foi muito mais a preocupação macroeconômica e a alta de juros, do que de fato o que está acontecendo com as companhias, que continuam reportando lucros recordes, com poucas dividas, estão investindo e crescendo. Ainda de acordo com Fernando Ferreira, a situação não refletiu nos preços das empresas, justamente por causa das preocupações do ponto vista do âmbito macroeconômico. “Então a gente acredita que na hora que a poeira abaixar e tiver uma calmaria do ponto de vista político e macro, o micro vai voltar a importar, ou seja, os fundamentos das companhias vão voltar a importar e o mercado vai voltar a olhar pra elas e assim a bolsa vai continuar a subir e recuperar os seus preços”, destacou.

Perspectivas para 2022

Questionado sobre a crise energética global e se há uma perspectiva para melhorá-la, o Estrategista Chefe da XP afirmou que sim, pois se espera uma resposta de oferta por parte da OPEP - Organização dos Países Exportadores de Petróleo e também dos Estados Unidos na produção do óleo de xisto e, com isso, tirar um pouco do aperto do mercado de energia global em curto prazo.

Já em relação aos riscos para a economia global de maneira geral, Fernando Ferreira destaca que 2022 é um ano que deve trazer maior volatilidade.

“Como a inflação está alta em todo mundo, a gente começa a enxergar os Bancos Centrais retirando estímulos da mesa. O Federal Reserve anunciou que vai reduzir a compra de títulos no mercado, ou seja, vai injetar menos dinheiro no mercado. E isso que dizer que teremos menos suporte dos BCs e dos governos no ano que vem”, disse.

 Segundo ele, esta situação está ocorrendo devido à inflação, que também está muito alta no exterior, o que força os Bancos Centrais e Governo a subir juros e tirar estímulos. Para Ferreira é um cenário diferente do que foi vivenciado desde março de 2020, onde se tinha muito estímulo e muita liquidez sendo oferecida.

“Como a inflação voltou a preocupar no mundo todo. A gente volta a discutir alta de juros e a retirada  destes estímulos. E isso significa que devemos ter mais volatilidade nos mercados e na economia global como um todo. Não é um cenário ruim, mas de desaceleração em um mundo que ainda cresce. Então não vejo um cenário negativo para 2022 no cenário global. Mas sim, um cenário de crescimento menor do que em 2021”, finalizou.

A Megacana Tech Show acontece todas as quintas-feiras, às 19h, por meio de link no site www.megacana.com.br e pelo youtube da feira.  A Megacana é patrocinada pelas mais importantes empresas do segmento, sendo: Coruripe, Ubyfol e Koppert e SmartBreeder (Master) e Basf, Copercana, FMC, Bayer, H2Copla e Coplacana (Ouro). Idealizada pela Canacampo e Siamig, a Megacana é realizada pela Agência Solis.

Assessoria de Imprensa Megacana

 

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