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PIB do setor pode crescer 0,78% neste ano em Minas Gerais

 

Apesar do cenário econômico adverso, o agronegócio de Minas Gerais continua apresentando boas perspectivas em relação ao Produto Interno Bruto (PIB). A primeira estimativa para 2016, com base nos dados de janeiro, mostra a tendência de crescimento de 0,78%, índice considerado pequeno frente ao potencial, mas comemorado pelo único setor da economia que ainda mantém os resultados positivos em um momento de recessão. O PIB do agronegócio estadual foi estimado em R$ 185,65 bilhões, representando 13,72% do PIB do agronegócio nacional.

A alta se deve ao incremento observado nos resultados da atividade agrícola, que cresceu 1,67%, enquanto a pecuária recuou 0,09%. Da renda total do agronegócio estadual, da ordem de R$ 185,658 bilhões, estima-se que R$ 93,203 bilhões ou 50,2% sejam oriundos do ramo pecuário e R$ 92,455 bilhões ou 49,8% sejam referentes à atividade da agricultura.

O superintendente de Política e Economia Agrícola da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), João Ricardo Albanez destacou que neste ano a pecuária terá uma participação equilibrada com a agricultura.

No setor agrícola a expectativa é de uma renda de R$ 92,4 bilhões, variação positiva de 1,67% frente ao ano anterior. Esse resultado é reflexo das elevações nos segmentos de insumos (0,84%), básico (1,42%), indústria (1,86%) e serviços (1,75%).

Dentro do setor básico, o destaque foi a soja, cujo faturamento, com base em janeiro, cresceu 39,36%. O impulso veio da produção 29,58% maior e da valorização de 7,54% nos preços da oleaginosa.

Destaque também para o milho. O faturamento do cereal ficou 33,61% superior em janeiro, uma vez que os preços subiram 34,02% enquanto a produção caiu 0,31%.

O café, principal produto do agronegócio de Minas Gerais, apresentou expansão de 14,58% no faturamento, influenciado pela produção 21,09% maior e pela queda de 5,38% nos preços.

Resultado positivo também foi verificado no faturamento da cana-de-açúcar, que cresceu 4,04%, do feijão (35,41%), mandioca (2,76%), laranja (13,93%), banana (51,77%) e algodão herbáceo (44,84%).

Dos 13 produtos agrícolas acompanhados, apenas em quatro foram verificadas quedas no faturamento em janeiro. Esse foi o caso da batata-inglesa, que encerrou janeiro com retração de 13,02% no faturamento, seguida pelo carvão vegetal, com queda de 36,85%, tomate (15,53%) e arroz (14,67%).

Fonte: Diário do Comércio – 03/05

 

 

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