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COMBUSTÍVEIS RENOVÁVEIS - “BRASIL TEM VANTAGEM COMPETITIVA NO AGRO E NO ETANOL”, DIZ CEO DA VOLKS

Defensor do Etanol no Brasil e no mundo, Pablo Di Si, presidente e CEO da Volkswagen, destacou que o Brasil tem uma vantagem competitiva devido ao agro e ao etanol, quando se fala em combustíveis renováveis. Ele participou de bate-papo com os presidentes Daine Frangiosi, da Canacampo, e Mário Campos, da Siamig, durante o programa de ontem (21) da Megacana Tech Show.

Segundo Di Si, ao falar sobre o etanol brasileiro ser o ponto de partida para uma revolução automobilística em relação aos combustíveis renováveis, o Brasil tem vantagem competitiva, primeiro pelo agronegócio e etanol, e depois pela história de engenharia da tecnologia flex. Ele lembrou que a Índia, recentemente, aumentou o uso de etanol na gasolina e querem ir para o carro flex. “Mas eles não tem o conhecimento, os erros e acertos que tivemos nos últimos 30 anos. Por isso digo que temos um grande diferencial”, destacou.

Produção Mundial

O CEO da Volks defende ainda uma maior capilaridade na produção do Etanol. De acordo com ele, é preciso descentralizar, ou seja, produzir etanol em outros países, como EUA, África, Índia, para que o Etanol não se torne uma grande “jabuticaba” brasileira. Para Di Si, se tiver uma oferta global, a aceitação dos produtos será maior, pois quando se centra a produção de um produto estratégico, em um único país, os outros ficam com receito. Ele revelou ainda que tem muita gente e instituições ajudando a fazer esta transformação.

“Pela primeira vez estamos trabalhando com o Agro, Governos Federal e Estadual e universidades, com a força que todos temos para poder levar o Etanol do Brasil para o mundo”, afirmou.

Conceito

Ao falar sobre o desenvolvimento de tecnologias baseadas em biocombustível para a produção de carros flex, híbridos e elétricos, Di Si, destacou que, em primeiro lugar, é importante explicar o conceito. Por isso, destaca-se que o importante é como a energia é gerada, ou seja, o ciclo de vida. Que da fazenda até o escapamento, sejam medidas as emissões de CO2.

“Então vamos ter carros elétricos movidos a etanol, híbridos movidos a etanol, além do carro flex movido a Etanol que já temos. Para avançarmos nisso, assinamos uma parceria com a Unicampo para transformar o etanol em uma célula para os carros elétricos. Temos um futuro brilhante e vamos trabalhar para estes três tipos de veículos”, disse ele.

Emissões

Ao falar sobre sustentabilidade, Pablo Di Si, voltou a reafirmar que o importante não é a tecnologia do veículo, mas sim a quantidade que emite de CO2. Segundo ele, um carro na África que tem 65% da matriz à carbono, vai poluir mais que o mesmo veículo no Brasil, que tem 86% da matriz renovável. Por isso, disse ele, é como a energia é gerada e não a tecnologia usada.

Ainda em sua análise, o presidente da Volks lembra que o Brasil é muito dependente de recurso hídrico, mas há alternativas, como o bagaço de cana. “Temos usinas que estão transformando o bagaço da cana em biometano ou biogás e alimentando a rede elétrica ou gás renovável. Ou seja, quanto mais etanol a gente vender, mais bagaço vamos produzir e mais energia também. É um ciclo que se retroalimenta de forma sustentável. O setor sucroenergético tem uma oportunidade única. Não só pelo Etanol para veículos, mas para gerar biometano e biogás que serão necessários em todas as fábricas do Brasil e do mundo”, afirmou.

Sobre a circulação de veículos híbridos e elétricos no Brasil, Di Si, afirmou que o primeiro deve ser de dois a cinco anos, já que a Volkswagen já detém o conhecimento sobre o flex e híbrido, “mas o que não detemos conhecimento é como transformar o etanol em uma célula de combustível, por isso estamos trabalhando nisso junto com a Unicamp”.

Mercado Mundial

Para Pablo Di Si, não há dúvida de que assim que a tecnologia da célula de combustível for produzida, o mercado do mundo poderá utilizar. “Não precisamos transformar a matriz energética dos países. Pois se conseguirmos isso, será mais uma alternativa renovável, seja como for a matriz energética da China, Itália ou Alemanha. Por isso é preciso focar na pesquisa e desenvolvimento de como produzir esta tecnologia para o Brasil e para exportar para o mundo todo”, disse.

Tanto Mário Campos, quanto Daine Frangiosi, destacaram a importância do protagonismo de Pablo Di Si, nas discussões a favor do Etanol e que ele conta com a agradecimento do setor pelo trabalho que  vem desenvolvendo. Ao finalizar, o CEO afirmou que o Brasil tem um futuro brilhante no etanol, cana, bagaço e biogás e biometano, pois é energia renovável que estará presente em todas as indústrias do mundo.

“Temos tecnologia, gente capacitada e conhecimento. Essa bagagem não pode ficar só no Brasil. Temos que exportar isso tudo para o mundo”, finalizou.

A Megacana Tech Show acontece todas as quintas-feiras, às 19h, por meio de link no site www.megacana.com.br e pelo youtube da feira.  A Megacana é patrocinada pelas mais importantes empresas do segmento, sendo: Coruripe, Ubyfol e Koppert e SmartBreeder (Master) e Basf, Copercana, FMC, Bayer, H2Copla e Coplacana (Ouro). Idealizada pela Canacampo e Siamig, a Megacana é realizada pela Agência Solis.

Assessoria de Imprensa Megacana

 

 

 

 

 

 

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