O BANCO SANTANDER APOSTA NOS BIOCOMBUSTÍVEIS
O banco Santander se tornou no país um grande apoiador do agronegócio, com foco na sustentabilidade. Para falar dessa trajetória, foi convidada a Responsável pela Rede Agro do Corporate, Caroline Salla Perestrelo, no Painel “O Agro é Cana” do MegaCaba Tech Show, entrevistada ontem (14) pelo presidente da SIAMIG, Mário Campos, e da CanaCampo, Daine Frangios, no programa de ontem (14).
Tanto Mário Campos quanto Daine Frangiosi, elogiaram o engajamento do Santander nas importantes discussões do agronegócio, quando, por exemplo, da construção e implementação do RenovaBio e dos CBIOs (Créditos de Descarbonização). Além do foco do banco na sustentabilidade dos negócios, com a criação de ferramentas que ajudam o produtor a caminhar neste sentido!
Veja a entrevista abaixo:
Daine Frangiosi - O Santander sempre teve dois pilares, o agronegócio e a sustentabilidade, sendo um grande foco do banco, que começou há muitos anos. Neste sentido, qual a visão sobre o Renovabio e impacto futuro relacionado ao crédito de carbono?
Caroline Perestrelo - O banco tem uma visão de muito sucesso do Renovabio, que emergiu de forma completa desde o início, agregando o agro e a sustentabilidade. Os últimos dois anos s são de sucesso tanto do aspecto da geração dos CBIOS pelos produtores quanto o cumprimento das metas pelas distribuidoras, com uma regulação importante que foi feita pela ANP. Para o longo prago o aspecto mais importante é o direcionamento do país para este caminho de uma matriz energética mais inteligente, reconhecendo os bicombustíveis como o combustível do futuro. O banco acredita no movimento atual do Renovabio sustentando a matriz energética do futuro, rentabilizando os produtores e quantificando o caminho da geração de crédito de carbono, tornando o Brasil uma referência para o mundo. Com a COP 26, que começa no final deste mês, vão ser geradas novas metas e sem dúvida nenhuma o agro brasileiro vai protagonizar. Existe um programa dentro do universo sucroenergético, tem também o biodiesel que faz parte, e isso vai abrir uma janela para que o mundo conheça o crédito de carbono no país, e o Santander também quer ser protagonista deste momento!
Daine Frangiosi – Além das duas linhas de sustentabilidade (com o selo verde) e o agronegócio o Santander pesa em algo diferente?
Caroline Perestrelo - Essa é uma agenda ativa do Santander e dentro do banco tem o empreendedorismo nato e o selo verde nasceu há cerca de dois anos, são operações métricas associadas à sustentabilidade para os clientes. Cerca de 90% a 95% são oriundos do universo agro, com os empreendimentos espalhados por todo o país. É uma agenda viva e o banco pensa constituir sempre novas operações para apoiar os clientes. O tema de sustentabilidade é mais entendido para as grandes empresas, mas é papel do banco passar isso para as empresas de menor porte, através de provocar uma boa governança e valor, tanto para os funcionários, clientes, sociedade, todo ecossistema empresarial. Procuramos construir as operações neste sentido junto aos clientes, pois as metas sustentáveis são caso a caso.
Mário Campos – Neste ano, a agricultura está passando por uma questão climática muito complicada e impactou significativamente o segmento de açúcar e etanol. Gostaria de saber o posicionamento do banco quanto a esses impactos?
Caroline Perestrelo - O agro como um todo enfrentou uma situação de clima bastante desfavorável neste ano safra, mas, por outro lado, os agentes financeiros têm que entender que o agro tem as suas volatilidades. O setor sucroenergético, por exemplo, tem muitas variações de preço, pela alteração do mix também, com impacto na geração de caixa das usinas, e este ano espera-se uma quebra de safra muito acima do que podia se esperar. Porém, o setor tem feito um ótimo trabalho de liquidez e solvência, grande parte do setor está organizado, e apesar do momento difícil deste ano, está passando sem grandes resquícios e alardes como já ocorreu em outros momentos. O banco tem para o etanol e o açúcar duas linhas de geração de resultado, duas linhas de faturamento, com preços que dão respaldo no resultado líquido como um todo. O setor também tem a geração de energia elétrica e, no momento, de seca que tivemos este ano, impacta positivamente na venda, dado ao racionamento de energia que temos vivido.
Mário Campos – Nesses últimos anos, o setor foi muito prejudicado por políticas erradas, decisões equivocadas. Mas pensando no futuro, qual é a visão do banco para esse segmento?
Caroline Perestrelo - A provocação como um todo para o setor é quanto ao futuro da matriz energética no Brasil, que o banco entende deveria estar baseado no etanol, as decisões pelo aumento do carro elétrico têm ocorrido em vários países, mas todos os agentes precisam trabalhar e mostrar que os biocombustíveis estejam inseridos nesse futuro. Outro ponto, o que faz muito sentido, é que dentro do ecossistema das usinas quais são as novas gerações de caixa, tem etanol, açúcar, Renovabio, a biomassa com potencial de ampliação e mais empresas entrando neste negócio e o biogás como nova fonte de geração de caixa para as usinas. Esse novo produto terá que amadurecer nos próximos três anos, além da irrigação, que vai fazer sentido para algumas regiões mais específicas e o banco quer apoiar esse custo, a fim de neutralizar a menor volatilidade da produtividade agrícola. É preciso pensar no ecossistema como um todo, sem dúvida, o setor sucroenergético vai proporcionar para o país um espaço grande de crescimento no agronegócio e geração de um combustível limpo e renovável para o país e o mundo!
Fonte -Gerência de Comunicação Siamig – 14/10