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DEBATE NA CÂMARA SOBRE CBIOS PARA OS PRODUTORES DEVERÁ SE ARRASTAR PARA 2022

Não deverá ser hoje e nem em 2021 que será solucionado o impasse em torno dos CBios, os Créditos de Descarbonização que somente as usinas e destilarias de etanol de milho e de biodiesel ganham quando vendidos às distribuidoras na B3 (B3SA3).

Faltando 2,5 meses para acabar o ano, a meta de CBios que as destilarias terão que adquirir da indústrias, correspondendo a lotes de etanol e biodiesel, é de 24,860 milhões de papéis, cuja cotação média nesta quinta (14) está entre R$ 43 e R$ 44.

Na tarde de hoje, a Câmara Federal debate em audiência pública a mudança na Lei no RenovaBio, por insistência dos produtores que também querem participar desse negócio com os títulos.

O pleito é simples: os fornecedores de cana que a entregam para as indústrias certificadas no RenovaBio seguem as exigências do programa, quanto à produção com menor uso intensivo de agentes fósseis em todas as etapas, portanto carregam custos que não são repassados no preço da matéria-prima.

A base da discussão pública é a PL 3149/20, relatada pelo deputado José Schneider (DEM-GO), na Comissão de Agricultura, sob forte oposição das entidades das indústrias, como a Unica, Novabio e Fórum Nacional Sucroenergético.

“Apesar das entidades dos produtores rurais tentaram buscar a solução coesa junto ao segmento industrial, contando, inclusive, com apoio dos Ministérios da Agricultura e de Minas e Energia, não deverá ter consenso durante a audiência”, diz Alexandre Andrade Lima, presidente da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana).

A entidade vem há quase um ano tratando disso, aliada à Orplana, entidade dos canavieiros do Centro-Sul, Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), Confederação Nacional da Agricultura (CNA), e agremiações de produtores de milho e soja.

 

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