NOTÍCIAS

QUEBRA DE SAFRA NO BRASIL ELEVA PESO DA ÍNDIA NO COMÉRCIO DE AÇÚCAR

No próximo ano, com os problemas que afetam a produção de açúcar no Brasil e na Tailândia, a Índia deverá exercer um papel ainda mais relevante no mercado global de açúcar, segundo projeção da trading Alvean. Brasileiros e tailandeses são, hoje, os principais exportadores.

Segundo Eric Cheng, chefe regional da Alvean na Ásia, será difícil que o Brasil consiga recuperar os volumes de moagem no Centro-Sul em 2022-23, reduzidos pela seca e pelas geadas de meados deste ano. Se o evento climático La Niña deixar a umidade maior do que o normal, há risco de que as perdas na safra sejam ainda maiores no próximo ano, disse.

O clima adverso no Brasil aumentou a preocupação com a oferta global de açúcar, o que levou os futuros do produto a seu maior patamar em quatro anos. Desde agosto, no entanto, os papéis estão estáveis. Embora a Índia exporte menos do que o Brasil e a Tailândia, o mercado segue de perto a oferta do país, e alguns exportadores indianos agora esperam que os preços globais subam ainda mais.

“A Índia assumirá o controle dos preços do açúcar no próximo ano”, afirmou Cheng durante seminário online realizado hoje (5/10) pela Indian Sugar Mills Association. Os preços em Nova York precisarão ser negociados com prêmio em relação à paridade de exportação de equilíbrio da Índia para que os embarques indianos aumentem, disse.

Segundo ele, a produção tailandesa deverá ficar próxima a 9,5 milhões de toneladas em 2021-22, abaixo das 10,5 milhões de toneladas previstas por muitos no mercado. Apesar das melhores condições climáticas neste ano, o plantio no fim de 2020 foi comprometido pela seca, destacou. Com a oferta global de açúcar mais restrita, os preços domésticos nos principais mercados têm aumentado, favorecendo as importações e criando suporte ao prêmio do açúcar branco, disse Cheng.

Fonte - Bloomberg

Bayer
BASF
Copercana
Usina Coruripe
Cocred
Patrocinío Master
Canacampo
Siamig
Agência
Realização