DIRETOR DO IAC DESTACA IMPORTÂNCIA DOS PROGRAMAS DE MELHORAMENTO GENÉTICO DA CANA NO BRASIL
Pesquisa e inovação são temas comuns para o setor sucroenergético. Dentre eles está o melhoramento genético da cana-de-açúcar no Brasil, que é referência. Ao falar sobre a importância deste trabalho no programa de quinta (30), da Megacana Tech Show, Marcos Landell, diretor geral do Instituto Agronômico de Campinas (IAC)/Centro de Cana, destacou os programas de melhoramento do país.
Ele lembra que as pesquisas desenvolvidas mitigam os riscos para os produtores, visto que a cana é uma cultura multiplicada vegetativamente, o que poderia colocar a atividade em risco. Segundo ele, diferente de outros países cujas áreas plantadas são de 150 mil, 300, ou 400 mil hectares, no Brasil são 10 milhões de hectares.
“Em uma área toda dessa, em uma cultura que é multiplicada vegetativamente, qualquer um pensaria que há riscos reais, se não houvesse critérios técnicos que os mitigasse. E uma coisa que o Brasil tem na canavicultura são seus quatro atuantes programas de melhoramento e eles oferecem para os produtores um número grande de opções varietais. Estamos indo para 200 variedades oferecidas aos produtores nestes últimos 20 anos”, revelou.
Segundo Landeall, os programas são do IAC, Ridesa (Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético), CTC (Centro de Tecnologia Canavieira) e o GranBio, por meio do BioCelere (Centro de Pesquisa em Biologia Sintética da GranBio).
Opções
Com número de hectares na casa de 10 milhões, com áreas cultivadas com cana do Paraná até Tocantins, abrangendo estados do Nordeste, o diretor do IAC lembra que uma mesma variedade não tem adaptação em todas estas condições.
“E por isso o Brasil, pela sua eficiência em melhoramento genético, tem oferecido opções para todos os solos e isso faz com que haja estratificação do uso das variedades, reduzindo o risco de uma doença que venha pegar a principal variedade e dizimar ou reduzir a produtividade da cana-de-açúcar do Brasil, como já aconteceu em outros países”, disse ele.
Alerta
Marcos Landell reafirmou que o melhoramento mitiga os riscos, mas é importante que o produtor também faça a sua parte. Segundo ele, os pesquisadores sempre preconizam e alertam para não centralizar em uma única variedade, mas sim, diversificar seu uso.
“Só vai correr risco quem fechar a questão com uma única variedade em sua propriedade. Se for acometida por uma doença, ele vai à bancarrota. Por isso é importante que os produtores, quando começarem a gostar de uma variedade, saibam ter limite. E este limite é 15% da área cultivada com a variedade que vai plantar”, finalizou.
A Megacana Tech Show foi idealizada pela Canacampo e Siamig, sendo realizada pela Agência Solis. O programa Megacana TV acontece todas as quintas-feiras, às 19h, por meio de link no site www.megacana.com.br e pelo youtube da feira. Totalmente virtual, este ano a feira terá 18 programas até o dia 09 de dezembro. A Megacana é patrocinada pelas mais importantes empresas do segmento, sendo: Coruripe, Ubyfol e Koppert e SmartBreeder (Master) e Basf, Copercana, FMC, Bayer, H2Copla e Coplacana (Ouro).
Assessoria de Imprensa Megacana