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GUATEMALA TERÁ SAFRA DENTRO DA NORMALIDADE

Francisco Baltonado, CEO do Grupo Pantaleon, da Guatemala, está prevendo uma boa safra para o grupo, visto que as unidades estrangeiras não estão com problemas climáticos, diferente do que tem ocorrido no Brasil, com a quebra de safra devido à seca extrema e geadas que atingiram algumas regiões. Diretamente da Guatemala, Baltonado participou do painel “Os presidentes convidam” que teve tradução simultânea feita por Kelita Cohen e aconteceu nesta quinta-feira, dia 16.

Ao interagir com o Daine Frangiosi, presidente da Canacampo e a apresentadora Adriana Afonso, Baltonado afirmou que está confiante com o setor. Segundo ele, a única preocupação está mais para o final do ano, que com fenômeno Lã Ninã, pode trazer chuvas em excesso bem no início da safra de seu país. Em relação aos desafios atuais da produção na Guatemala, o CEO avalia que eles têm enfrentado os mesmos que de outros países, que são: ser cada vez mais eficiente e produtivo, mercados internacionais, variáveis não controláveis como o clima, precificação, alta volatilidade, entre outros.

Questionado por Daine sobre produtividade, Baltodano, lembra que não se pode descuidar do básico. “Temos que fazer o ABC da forma correta, ou seja, bem feita. Temos que gerar ideias e iniciativas que nos levem a subir a produtividade. E não em 2%, mas sim de 5% a 10%. Aplicar tecnologia de ponta, agricultura de precisão, microbiologia do solo, ou seja, gestão e todo trabalho no campo. Sensores, instrumentação, automação para maximização do desempenho das fábricas, variedades, ou seja, é o Beabá, bem feito. No sentido de que a variedade, o açúcar é feito no campo, assim, todo restante deve ser feito para perdermos o menos possível do que vem do campo”, disse.

Ele disse também que na Guatemala há um Centro de Desenvolvimento Experimental que tem um grande percentual de variedades nativas, com foco em encontrar a que produzirá mais açúcar.

Produção

Outro ponto abordado pelo CEO diz respeito a produtos de menor valor, como o açúcar cru. Segundo ele, as empresas do grupo trabalham para minimizar a quantidade destes produtos. “No engenho da Guatemala, que é o maior do grupo, nós já minimizamos a produção de açúcar de baixo valor no mínimo operacional, que é como chamamos quando a safra começa ou quando paramos para manutenção. Assim imediatamente podemos mudar para o produto que os mercados procuram”, destacou.

Em relação à energia, o CEO Francisco Baltodano, explicou que na Guatemala há eficiência energética há anos. E que o mesmo  acontece nas outras unidades do grupo. Sobre a produção de Etanol, o grupo Pantaleon produz apenas nas unidades do Brasil e na Guatemala. Por isso, segundo ele é importante ter um portfólio de valor para atender o mercado. Sobre isso, ele lembra que o Brasil tem um esquema eficiente, já que o mix de açúcar e álcool tem tido muito sucesso.

Sobre as diferenças entre os dois países no que diz respeito ao setor sucroenergético, o CEO destacou a questão da irrigação, que na Guatemala e México, onde também tem unidades, chega a 85% a 90% de área irrigada. Por outro lado, na unidade da Nicarágua, tem áreas que quase não precisa de irrigação.

“Em termos produtivos, aqui na Guatemala temos praga de roedores, no Brasil não. No Brasil também há uma legislação que prevê o uso do etanol na gasolina, o que é excelente. Além de possibilitar os engenhos – usinas – a mudar a produção de etanol para açúcar”, disse.

Outra questão abordada pelo CEO diz respeito ao câmbio. A Guatemala, disse ele, tem uma moeda estável e com tendência de valorização da moeda local em relação ao dólar. “No caso do Brasil, a varieabilidade na taxa de câmbio faz com que a indústria brasileira seja beneficiada e tenha mais competitividade para suas exportações. O preço do açúcar no mercado internacional vem em uma linha descendente. Já no Brasil é diferente. Os preços são recordes. O Brasil é a potência açucarei do mundo. Até por isso, traz desenvolvimento de tecnologias, que trazemos para nosso país e para outros onde operamos”, disse.

Finalizando o painel “Os presidentes convidam”, o CEO Francisco Baltodano, afirmou que o grupo está buscando crescer de forma vertical em eficiência, com uso de tecnologia. “Há dois anos lançamos um projeto de transformação digital, com tudo que isso envolve. Estamos trabalhando com empresas do Vale do Silício, que estão nos ajudando a melhorar a produtividade e eficiência. Estamos otimistas e acreditamos na indústria açucareira. Temos os desafios do mercado, pressão econômica e financeira, mas vamos avançando” finalizou.

Histórico – O Grupo Pantaleon está presente no Brasil, Guatemala Nicarágua, México e Estados Unidos, com produção anual de 1,17 milhões de toneladas de açúcar e derivados.

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Assessoria de Imprensa Megacana

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