AS VANTAGENS DO ENRIQUECIMENTO DE VINHAÇA COM FERTILIZANTES PARA LAVOURAS DE CANA DE AÇÚCAR

O Brasil é o maior país produtor de cana-de-açúcar no mundo, com 1.7 milhão de toneladas, sendo responsável por 40% da produção mundial, segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). Mesmo com números expressivos, há técnicas que podem melhorar ainda mais o cultivo, como a aplicação de vinhaça, um resíduo líquido que sobra após a destilação fracionada da cana de açúcar. A técnica é bastante estratégica para o segmento de Usinas, pois fornece nutrientes importantes para o manejo da cultura.

Se manuseada corretamente, os benefícios da vinhaça são inúmeros para a lavoura. O aproveitamento deste recurso, na forma de aplicação localizada, reduz drasticamente o custo da aquisição de parte dos fertilizantes minerais, principalmente o potássio. Ambientalmente, a técnica promove maior ciclagem do potássio fora das bacias de aspersão e reduz a saturação do nutriente nessas regiões, garantindo maior raio de atuação com este subproduto.

Esta prática de manejo viabiliza ainda a complementação de outros nutrientes via fertilizante mineral existentes em menor quantidade na vinhaça, como: nitrogênio (N), fósforo (P), enxofre (S) e micronutrientes, consolidando assim a prática de enriquecimento de vinhaça. Além da complementação nutricional, a técnica traz economia para a operação de aplicação de fertilizantes, antes realizada de forma separada.

Neste cenário, a utilização de fertilizantes fluidos é uma realidade para acompanhar esta evolução. A versatilidade na relação de nutrientes obtidas na produção de formulações destes fertilizantes é capaz de se ajustar às diferentes necessidades de manejo existentes. Além disto, a utilização destes nutrientes na forma fluida permite a injeção e homogeneização do fertilizante no momento de abastecimento da vinhaça nos carregamentos. 

A evolução das tecnologias agrícolas colabora para evolução de novos sistemas automáticos de dosagem com envio de informações em tempo real, que garantem maiores níveis de controle de toda operação. Dessa forma, as usinas se beneficiam com o manejo adequado para a cultura, além de avaliar as vantagens desta técnica combinada (vinhaça + fertilizante) no solo para obter um ecossistema equilibrado e cada vez mais sustentável.

*Thiago Moura é especialista agronômico da Yara Brasil

Sobre a Yara

A Yara, líder mundial em nutrição de plantas, cultiva conhecimento para alimentar o mundo e proteger o planeta de forma responsável. Para concretizar esses compromissos, desenvolve ferramentas agrícolas digitais destinadas à agricultura de precisão e trabalha em estreita colaboração com seus parceiros em toda a cadeia de valor de alimentos. Fundada na Noruega, em 1905, para resolver a emergente crise de fome na Europa, está presente no mundo todo, com mais de 17 mil colaboradores e operações em mais de 60 países, com um objetivo comum: ser a empresa de nutrição de plantas do futuro. Em 2020, a companhia passou a adotar uma nova estrutura global organizacional, com operações direcionadas para suas unidades regionais (Américas, Europa, Ásia/África), uma unidade de Plantas Globais/Excelência Operacional, e uma nova função de Farming Solutions, refletindo maior foco no cliente.

No Brasil, a Yara está presente em todos os principais polos agrícolas - são 5 unidades de produção de fertilizantes e misturadoras em mais de 20 cidades, além de 2 escritórios corporativos. Com 6,2 mil colaboradores, a empresa busca desenvolver soluções nutricionais sustentáveis para todos os perfis de produtores e culturas, colaborando com o crescimento da agricultura e o protagonismo do país no desafio de alimentar uma população mundial crescente. Desde que se instalou no Brasil, na década de 70, a Yara vem trabalhando para fomentar a produção nacional de fertilizantes, reduzindo a dependência de importação de matéria-prima e, consequentemente, o custo final dos insumos ao produtor. A companhia também fornece soluções industriais para a redução de poluentes, melhorando a qualidade do ar das cidades

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