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Mário Campos fala sobre o FNS e Daine Frangiosi analisa informações da Conab

Durante sua participação na Megacana TV desta quinta (19), ele falou sobre a entidade e suas perspectivas. Segundo Campos, o fórum é uma entidade nacional, composta por 15 entidades regionais instaladas em 15 estados brasileiros. “É a junção da força do setor nacional com sede em Brasília, representando institucionalmente o setor sucroenergético frente à política brasileira. A entidade está fazendo 18 anos e agora estou com este desafio no FNS, tendo como vice-presidente o Renato Cunha, presidente do Sindaçucar, de Pernambuco e estou sucedendo o André Rocha do Sifaeg, de Goiás. Assumimos com muita energia e vamos fazer um trabalho importante em Brasília, junto com as entidades representando o segmento”, disse.

Para Mário o grande desafio é deixar o setor coeso em seus objetivos. “Mas tenho certeza que estamos em um caminho certo com este tema e tenho três objetivos principais. O primeiro é a mobilidade sustentável do futuro, com a inserção cada vez maior do Etanol no Brasil, que envolve a indústria automobilística, política pública e a sociedade brasileira. O segundo tema é a reforma tributária e o Brasil está com este desafio e nós precisamos ter presença nestas discussões para o segmento, que nos últimos anos conseguiu um espaço importante na economia brasileira. E o terceiro e último desafio é inserir cada vez mais o setor na agenda ESG e para isso é preciso nos comunicar e dialogar com a sociedade, seja ela na parte política, seja com os consumidores fazendo um grande trabalho na área de governança, ambiental e social”.

Ainda de acordo com o presidente estas áreas tem uma presença muito forte com o biocombustível, quanto com o açúcar. Ele lembrou também do programa Renovabio, que é muito importante e tem dito um sucesso. E na área social o segmento é um dos maiores empregadores do Brasil. “Então temos estes desafios e estes três objetivos que vamos desenvolver e também fazer a defesa do setor em Brasília junto à classe política. E quando a gente pega 15 estados produtores - e lembro que a política é local -  então estas entidades têm força. Se unirmos em Brasília a gente tem um segmento muito forte e uma associação forte e desta forma vamos conseguir alcançar nossos objetivos nos próximos dois anos”, afirmou Campos.

Sobre a crise hídrica e a decisão do Operador Nacional do Sistema (ONS), de que as usinas podem auxiliar o país neste momento, fornecendo energia, Mário Campos lembra que o setor tem grande potencial nesta área. Segundo ele, apenas 60% das empresas exportam energia, o que garante que há uma potencialidade muito forte de aumentar cada vez mais a energia de biomassa que é sazonal, mas não é igual à eólica e nem a solar, que você não tem o dia todo. Já a energia da biomassa está firme e presente e se produz no período mais seco do ano, enquanto as hidrelétricas estão com níveis mais baixos. O segmento desta forma está presente e colocando uma oferta adicional de energia.

“Então o governo brasileiro viu esta potencialmente e o Ministério de Minas e Energia abriu a oportunidade das empresas – além dos contratos firmados – colocar uma energia adicional nestes próximos meses e a gente espera que o setor possa responder de acordo com as potencialidades de cada empresa, dentro de cada setor. E a gente tem um produto importante, não só para Minas Gerais, como para o Brasil também”, garantiu.

Conab – Já o presidente da Canacampo, que é pesquisador e produtor de cana-de-açucar, Daine Frangiosi, fez uma análise da notícia veiculada pelo Conab, dando conta que baseado em levantamento entre os meses de julho e agosto, a estimativa da safra de cana apresenta uma redução de 62 milhões de toneladas, se comparada à safra anterior. Questionado se essa redução se deve as questões climáticas ou outros problemas, Daine afirmou que achou que companhia foi conservadora em relação ao número, que deve ser mais baixo e vai depender da região e seu nível de tecnificação, além de outros fatores que podem influenciar ou não nesta redução.

“Por exemplo, a região da Canacampo em Campo Florido é uma região altamente tecnificada, por isso sofre menos com os fatores bióticos e abióticos, ou seja, vai sofrer menos a interferência do clima. Regiões que são menos tecnificadas, ou que não tem um pacote tecnológico vão sofrer mais e outros fatores vão influenciar também”, afirmou ele.

Em relação à expectativa para um auxílio aos produtores, por intermédio da Secretaria de Políticas Agrícolas do Ministério da Agricultura, Daine afirmou que a expectativa é boa, mas que os dados ainda estão sendo compilados. “Esse auxilio vai ajudar bastante na retomada dos canaviais durante esta safra e também para a seguinte”, finalizou.

A Megacana Tech Show é idealizada pela Canacampo e Siamig, com realização da Agência Solis. A Megacana 2021 é totalmente virtual com programas todas às quintas-feiras, 19h, pelo link no site www.megacana.com.br, ou youtube da feira. Serão 18 programas até o dia 09 de dezembro. A Megacana é patrocinada por algumas das mais importantes empresas do segmento no Brasil e no mundo. Sendo Coruripe, Ubyfol e Koppert e SmartBreeder (Master) e Basf, Copercana, FMC, Bayer, H2Copla e Coplacana (Ouro).

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