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MERCADO MUNDIAL E O IMPACTO DA VARIANTE DELTA FORAM ANALISADOS POR MEGALE DA XP

Caio Megale, economista chefe da XP Investimentos, foi o responsável da semana pelo painel Mercado Financeiro com Furlanetti. Segundo ele, devido aos estímulos concedidos pelos governos, à economia mundial tem se recuperado em ritmo forte pelo processo de reabertura proporcionado pela vacinação.   “O que temos observado no primeiro semestre e início do segundo é um crescimento mais forte, com uma demanda final muito forte também, que tem pressionado os preços das commodities como petróleo, metais, grãos e produtos agrícolas, entre outros”.

Em relação a variante Delta, Megale destacou a preocupação do mundo por conta da variante, começando pela Europa e seguindo para outros países. “Isso começou a afetar os preços das commodities, que vimos uma queda, mas os indicadores até o momento não mostram desaceleração por conta da variante. Espera-se que as vacinas sejam eficientes, se não para conter a contaminação, mas para reduzir os casos mais graves, de modo que a economia continue se recuperando. Mas esse é um risco para frente, que deve ser considerado dentro deste cenário que, por hora, continua bom e com preços favoráveis”, destacou

Megale lembra que o Brasil se beneficia das altas das commodities, mas há os riscos fiscais mesmo com a melhora dos índices de arrecadação de impostos, pois é um país endividado e que precisa sinalizar para o mundo que suas contas são sustentáveis ao longo do tempo, para poder captar recursos a juros baixos. Ele alerta que o Brasil vive no vermelho e precisa captar toda semana. Outro problema, segundo o economista é a inflação. “Que tem se mostrado mais pressionada do que se esperava, não só pela alta das commodities, mas também pela questão da energia elétrica, clima. Inflação mais alta faz o banco Central subir os juros e isso pode ser um risco mais para frente”, afirmou.

O economista chefe da XP também falou da importância da Reforma Tributária, que pode reduzir o custo Brasil mais para frente, trazendo equilíbrio. Mas tem o contrapeso de que o Brasil está estabelecido no regime de isenção de tributação sobre dividendos e há possibilidade de se deduzir juros sobre capital próprio. “Muitas empresas do agro estão estruturadas de forma a ter distribuição de dividendos para sócios. Se for aprovado desta forma, vai haver modificação na estrutura financeira das empresas e podem levar um tempo para as empresas se adaptarem a isso. Vamos ver também uma queda relevante na taxa de juros e na alíquota do imposto de renda da pessoa física e jurídica e isso pode contrabalancear os fatores de risco e de incerteza que tem no curto prazo. De todo modo, a discussão está acontecendo e deve ser acompanhada, pois afeta todos os setores, ou seja, também o agronegócio”.

O próximo painel Mercado Financeiro com Furlanetti, terá a participação de Leonardo Alencar, especialista em agro da XP. A 13ª edição da Megacana Tech Show é toda virtual. São 18 programas semanais, todas às quintas-feiras, às 19h, no site e youtube. A Megacana tem como empresas patrocinadoras o grupo Coruripe, Ubyfol, Koppert e SmartBreeder (Master) e Basf, Copercana, FMC, Bayer, H2Copla e Coplacana (Ouro).

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