PARTE DO SETOR TEM RECEIO DE QUE O MENOR PREÇO DO ETANOL COM A VENDA DIRETA NÃO CHEGUE AO CONSUMIDOR
Grande parte do setor comemorou a Medida Provisória assinada nesta quarta-feira (11) pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, permitindo que os produtores de etanol hidratado possam comercializar o biocombustível diretamente com os postos. Para o presidente da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (SIAMIG), Mário Campos, trata-se de uma conquista do setor sucroenergético nacional, segundo
Segundo Campos, a medida dá opção para os produtores que quiserem fazer a venda direta, resultando numa abertura de mercado e incentivando a concorrência no setor de combustíveis. Segundo Mário Campos, que também é presidente da Câmara Setorial do Açúcar e do Álcool e do Fórum Nacional Sucroenergético, o texto resolve, ainda, o entrave regulatório com a criação do modelo dual de tributação. Caso haja venda direta se fará o recolhimento integral dos impostos, já quando for na forma atual se mantém o recolhimento usual. “Os estados deverão regulamentar a nova estruturação para o ICMS”, destacou.
A possibilidade de não ter intermediário obrigatório nas vendas de etanol hidratado poderá resultar em potencial redução de preço para o consumidor, já que se pode ter, em muitos casos, ganhos em eficiência logística. “O etanol será o mesmo comercializado hoje pelas distribuidoras, saindo direto do produtor até o tanque do consumidor”, diz Mário Campos.
No entanto, parte do setor está preocupado com a possibilidade de que essa redução de preço não chegue ao consumidor e que ele fique frustrado e jogue a culpa nas unidades sucroenergéticas, provocando mais danos para a imagem do setor. Outro receio é que essa prática aumente a sonegação de impostos.
Nos resta torcer para que esses receios não se concretizem.
Fonte - CanaOnline