REINO UNIDO TAMBÉM TERÁ ETANOL MISTURADO NA GASOLINA
Velha conhecida dos brasileiros, a adição de etanol à gasolina também será adotada pelo Reino Unido a partir de setembro. Mais do que uma medida experimental, a ideia do governo local é contribuir para esforços ambientais enquanto veículos elétricos não ampliam sua parcela de mercado e vigorará em definitivo.
Atualmente já existem misturas de etanol com gasolina à venda na Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, mas nenhuma dessas com mais de 5% de álcool na composição. Com a nova medida, entretanto, a gasolina comum britânica passa a ter 10% do biocombustível adicionados obrigatoriamente.
A chamada gasolina E10 é parte do esforço britânico em cumprir a meta de neutralidade de carbono até 2050. Além da cana de açúcar, serão utilizadas grãos de baixo valor nutricional e dejetos de madeira — um esforço que reduzirá poluentes em equivalente às emissões de 350 mil carros por ano (cerca de 750 mil toneladas), acredita Londres.
A introdução da E10 ocorrerá a partir de 1º de setembro, quando postos de toda a ilha britânica passarão a vendê-la nas bombas de gasolina comum.
Essa é a mistura usada em testes de emissões há anos e todos os veículos britânicos de 2011 em diante são compatíveis. Para atender às exceções, a gasolina premium britânica será mantida com apenas 5% de álcool, o que permite sua adoção universal. A título de comparação, a gasolina brasileira leva 27% de etanol em sua composição. Na Argentina, são 12%.
“Ainda que mais e mais motoristas estejam dirigindo carros elétricos, há pequenos passos que podemos dar para reduzir a emissão dos milhões de veículos que já estão em nossas estradas”, disse o secretário de Transportes local, Grant Shapps.
Ainda que a medida provoque quase nenhum impacto na mecânica dos carros e que o consumo médio deva diminuir em aproximadamente 1%, foi necessária uma campanha do governo para que não houvesse pânico ou protestos. Um aplicativo também foi criado para checar a compatibilidade dos veículos locais à mistura, que parte de 95% e aumentará ao longo dos próximos anos.
Fonte - Quatro Rodas