Clima ajuda na moagem em Minas.
Em Minas Gerais, a moagem de cana-de-açúcar, no acumulado de 1º de abril a 15 de maio, alcançou 7,6 milhões de toneladas, incremento de 5,74% frente ao volume de 7,1 milhões de toneladas processadas em igual período produtivo anterior. Até o momento, o clima mais seco tem contribuído para o avanço dos trabalhos, porém o rendimento obtido com cana retraiu cerca de 2,67%.
Segundo o presidente da Associação das Indústrias Sucronergéticas de Minas Gerais (Siamig), Mário Campos, a queda no Açúcar Total Recuperável por Tonelada de Cana (ATR/TC) já era esperada pelo setor.
"Trata-se de mais um reflexo da seca que atingiu os canaviais ao longo dos primeiros três meses. Apesar disso, os trabalhos estão dentro do ritmo esperado, que foi proporcionado pelo clima mais seco", diz. De acordo com a Siamig, até o encerramento da primeira quinzena de maio, 7,61 milhões de toneladas de cana-de-açúcar já tinham sido esmagadas, o volume corresponde a 12,8% do total estimado para a safra 2014/15, que deve ser de 59,5 milhões de toneladas.
Na safra atual, 30 usinas já estão em processo produtivo, três a menos que o número registrado no mesmo intervalo de 2013. No período 2014/15, a previsão é que 40 usinas participem da moagem em Minas Gerais. Ainda existe grande receio em relação a três destas unidades que poderão encerrar as atividades devido à crise financeira. Nas últimas quatros safras, seis usinas foram fechadas no Estado.
Para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), o setor precisa de maior atenção, para evitar o fechamento de novas unidades. "Temos problemas graves no setor agropecuário, e uma das questões que nos entristece muito é a do setor sucroenergético, principalmente no que se refere ao etanol", afirma Simões para acrescentar: "Enquanto o açúcar teve preços altos, o setor conseguiu se manter, o que não vem acontecendo agora que as cotações em baixa.
(Fonte: Jornal Diário do Comércio 07/06/14)