CNA LEVANTA CUSTOS DE PRODUÇÃO DE CANA, CAFÉ E PISCICULTURA
Esta semana o projeto Campo Futuro da CNA levantou custos de produção da cana-de-açúcar, na terça (13), em Pirassununga (SP), de café em Itabela (BA), na quarta (14), e de piscicultura em Londrina (PR), na quinta (15).
No município paulista, o projeto analisou uma propriedade modal com produtividade média de 75 toneladas de cana por hectare e 150 quilos de Açúcar Total Recuperável (ATR) por tonelada colhida.
Com base nos dados, o levantamento apontou que o plantio continua sendo 100% manual, enquanto a colheita acontece com um índice de mecanização de 95%, superior aos 90% verificados pelo projeto na safra 2020/2021.
Em relação aos dados de custo de produção, verifica-se um incremento significativo na margem líquida em relação à safra 2020/2021.
“O incremento nas margens foi consequência, principalmente, da manutenção da boa qualidade da cana da região, aliada à melhor remuneração da matéria-prima aos produtores, que foi ampliada em 40% frente à safra anterior”, avalia a assessora técnica da Comissão Nacional de Cana-de-Açúcar da Confederação, Eduarda Lima.
Café – Em Itabela, na Bahia, o Campo Futuro analisou uma produção de café com sistema irrigado e semimecanizado. Segundo o levantamento, a produtividade média da propriedade é de 60 sacas por hectare.
A condução da lavoura foi o item de maior peso entre as despesas e representou 58% do Custo Operacional Efetivo (COE), dos quais 41% de gastos com insumos. Os custos com colheita e pós-colheita responderam por 24%.
“Os produtores têm um grande desafio na região porque as características do sistema produtivo indicam um elevado estoque de capital, o que acaba pesando no custo total da atividade e limitando assim os ganhos”, afirmou Thiago Rodrigues, assessor técnico da CNA que acompanhou o painel.
Piscicultura – Em Londrina (PR), o painel analisou uma pequena propriedade com dois hectares de lâmina d’água na produção de tilápia, com povoamento de alevinos de 1g e despesas de tilápia com 950g.
O maior custo de produção foi com a ração, que representou cerca de 85% dos custos operacionais. Segundo a análise, as margens bruta e líquida foram positivas devido ao aumento na venda dos peixes.
De acordo com os produtores ouvidos, o quilo do peixe está saindo a R$ 7,50, valor acima da média dos últimos anos. “Eles atribuíram esse cenário ao aumento do consumo de peixe na região, principalmente devido ao preço da carne bovina. O preço do peixe está equivalente ao do frango”, afirmou Lilian Figueiredo, coordenadora de Produção Animal da CNA.