GOVERNO AUTORIZA EQUALIZAÇÃO DE JUROS DO CRÉDITO RURAL EM 2021/22
O Ministério da Economia publicou, em edição extra do Diário Oficial da União, a portaria que autoriza o pagamento de equalização de juros dos financiamentos rurais concedidos no Plano Safra 2021/22, que começou nesta quinta-feira.
A publicação da portaria permite o início das contratações de crédito rural com subvenção na nova temporada. O orçamento para apoiar o Plano Safra 2021/22 é de R$ 13 bilhões. A estimativa é equalizar R$ 88,5 bilhões em operações para pequenos, médios e grandes produtores. A agricultura familiar, por meio do Pronaf, terá R$ 26 bilhões de empréstimos equalizados.
Cinco novas instituições financeiras vão operar os recursos equalizados na safra 2021/22, como informou mais cedo o Valor PRO. Além da Caixa Econômica Federal e Bradesco, que já haviam sido confirmados, os estreantes serão Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), a CrediCoamo e o banco CHN Industrial.
Ao todo, serão 12 instituições operando a equalização, número recorde. Na safra passada foram sete. A lista completa inclui o Banco do Brasil, líder do segmento, Sicredi, BNDES, Bancoob, Cresol, BRDE e Banrisul.
A entrada dos novos financiadores tornou-se possível em abril de 2020, quando foi sancionada a Lei 13.986, que permitiu o acesso de bancos privados e estaduais ao mercado antes restrito a instituições públicas e cooperativas de crédito.
Segundo o governo, o aumento da concorrência já gerou redução no spread médio cobrado nas operações rurais. O spread passou de 4,93% na safra 2020/21 para 4,6% na temporada que começou hoje.
A maior parte dos recursos subsidiados será utilizada pelo Banco do Brasil, com R$ 43 bilhões. Na sequência aparecem BNDES (R$ 16,8 bilhões), Sicredi (R$ 13,5 bilhões), Caixa (R$ 7,3 bilhões) e Sicoob (R$ 4,9 bilhões).
Os outros quatro estreantes na operação da equalização terão limite mais comedido, de R$ 467,4 milhões. O maior ficou com o banco CNH Industrial, com 236,2 milhões. Depois, pela ordem, aparecem Bradesco (R$ 131,7 milhões), CrediCoamo (R$ 76,7 milhões) e BDMG (R$ 22,8 milhões).
O Banrisul e o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) aumentaram as cifras em relação à safra 2020/21, quando operaram a equalização pela primeira vez. Os limites iniciais do Banrisul passaram dos R$ 450 milhões da temporada anterior para quase R$ 1,2 bilhão neste ciclo. No BRDE, eles subiram de R$ 120 milhões para R$ 141,7 milhões. A Cresol completa a lista, com R$ 775,9 milhões de limite equalizável.
Fonte - Valor Econômico