PECEGE REDUZ ESTIMATIVA DE MOAGEM DE CANA NO CENTRO-SUL PARA 560 MILHÕES DE TONELADAS
Seca, demora para o início da moagem, menor produtividade e até mesmo a migração da área de cana-de-açúcar para outras culturas: estes são alguns dos fatores que o Instituto de Pesquisa e Educação Continuada em Economia e Gestão (Pecege) enxerga como motivos para redução da produção sucroenergética na temporada 2021/22.
O instituto havia estimado, em fevereiro, que seriam esmagadas 580 milhões de toneladas até o fim do ciclo, representando uma retração anual de 4,21% no comparativo com as 605,46 milhões de toneladas do fechamento de 2020/21. No levantamento mais recente, a visão caiu para 560 milhões de toneladas, uma redução de 7,51%.
Os números foram divulgados durante o evento on-line Expedição Custos Cana, ocorrido na última quinta-feira, 24.
Conforme o Pecege, os primeiros seis meses do ano foram muito mais secos do que a média histórica. Com isso, mesmo com as chuvas recentes em algumas áreas, o cenário de perdas deve ser irreversível. Além disso, a previsão de seca segue colocando em risco a produção, impactando não só variedades precoces e médias como também as mais tardias.
“Se eu sou penalizado de um lado na produtividade, tenho um ganho de outro que é a qualidade da matéria-prima”, explica Torres, ao detalhar a perspectiva de aumento de açúcar total recuperável (ATR) no mesmo comparativo.
Outro fator que pode motivar reduções, de acordo com o economista Haroldo Torres, é a migração de áreas de plantio de cana-de-açúcar para grãos, já que o milho e a soja têm atraído produtores por conta do bom momento de preços para estas culturas.
Fonte - NovaCana.com