CÂMBIO E PETRÓLEO ELEVAM PREÇOS DO AÇÚCAR
O açúcar acompanhou a alta do petróleo e a valorização do real em relação ao dólar e subiu na bolsa de Nova York no final da última semana. O contrato do demerara para outubro, que é hoje o mais negociado, avançou 1,35% (23 pontos), a 17,24 centavos de dólar por libra-peso.
Quando o petróleo sobe, cresce a procura por etanol, combustível que, assim como o açúcar, tem a cana como uma de suas matérias-primas. O barril do tipo Brent para agosto avançou 0,49%, a US$ 75,56. E a alta do real, por sua vez, desestimula as exportações do Brasil, maior produtor global do adoçante, obrigando os compradores a oferecerem mais pelo produto.
Ontem, o dólar caiu 1,16%, a R$ 4,9034.
Nos fundamentos de oferta e demanda, ainda há preocupações com os canaviais brasileiros. No entanto, esse fator começa ser sobreposto por perspectivas de superávit global de açúcar na temporada 2021/22.
As commodities agrícolas negociadas em Nova York seguiram caminhos distintos na sessão. O suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês) também subiu: o contrato para setembro, no momento o de maior liquidez, avançou 0,33% (40 pontos), a US$ 1,2215 por libra-peso. Foi a quarta alta consecutiva do papel.
Já o café encerrou o dia em queda. Os contratos do arábica para setembro recuaram 0,32% (50 pontos), a US$ 1,5340 por libra-peso. Os fundamentos de oferta e demanda do grão seguem indicando novas altas, mas ajustes técnicos feitos por fundos pressionaram as cotações nos últimos dias.
Algodão e cacau também recuaram, sob indicativos de baixa demanda. O contrato da pluma para dezembro caiu 0,24% (21 pontos), a 86,73 centavos de dólar por librapeso, e o da amêndoa para setembro recuou 1,06% (US$ 25), a US$ 2.344 por tonelada.
Fonte - Valor Econômico