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SUBSÍDIOS AGRÍCOLAS TÊM QUEDA NO BRASIL, DIZ OCDE

Os níveis relativamente baixos de subsídios e proteção ao setor agrícola no Brasil refletem a posição do país de exportador competitivo, destacou a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em relatório divulgado ontem. A ajuda como parte da receita bruta do agricultor brasileiro caiu de 7,6%, entre 2000 e 2002, para 1,5% de 2018 a 2020. Em comparação, subsídios da União Europeia (UE) garantem 19% da renda do produtor. Nos EUA, o percentual é de 12% ao ano, em média. A maior participação do setor agrícola na economia no Brasil e a importância da pecuária baseada em pastagem contribuem para esses resultados.

Uso de água


A OCDE constata que a participação da agricultura nas captações de água permaneceu alta, em 60%, mas que o estresse hídrico é baixo. E nota que os excedentes de nutrientes no Brasil aumentaram desde 2000, enquanto o balanço de fósforo é seis vezes maior que a média da OCDE.

A entidade, na qual o Brasil quer fazer parte — uma das prioridades da política externa do país —, faz algumas recomendações. Considera que regulamentos e procedimentos simplificados para o crédito rural poderiam facilitar o acesso dos produtores aos recursos. Também sugere que o apoio ao crédito poderia melhorar ainda mais o direcionamento para resultados específicos, como investimentos nas fazendas que explicitamente apostam em gerenciamento inovador e práticas ambientais.

A OCDE observa, ainda, que o Programa ABC (agricultura de baixo carbono) é um dos principais projetados para modernizar os sistemas de produção sustentável e mitigar as emissões de emissões de gases de efeito estufa, mas que representa, ainda, uma pequena parcela do crédito rural desembolsado.

Fonte -  Valor Econômico

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