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CLIMA ADVERSO DEVE REDUZIR MOAGEM DE CANA DO CENTRO SUL PARA MÉDIA DE 567,4 MI de t em 21/22

O clima adverso nos últimos meses no Centro-Sul do Brasil, em pleno desenvolvimento da safra 2021/22 (abril-março) de cana-de-açúcar, deve fazer com que a moagem caia para uma média de 567,42 milhões de toneladas na nova temporada, segundo pesquisa feita pelo Notícias Agrícolas com sete consultorias e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), sobre 601 milhões de t em 2020/21.

"Em temos de estado de São Paulo, se fala de uma quebra em torno de 5% a 7%, em média, sendo que temos regiões onde a queda é muito maior. Na nossa região de Capivari (SP), alguns produtores estimam perdas de 20% ou mais nas suas propriedades porque a chuva é muito irregular”, pontua Maria Christina Pacheco, presidente do Consecana-SP (Conselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Etanol do Estado de São Paulo).

"As chuvas registradas durante o mês de maio resultaram em um armazenamento de água no solo inferior a 30% na maior parte das regiões Sudeste e Nordeste, e dos estados de Goiás e Paraná. Em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, o armazenamento variou entre 30% e 75%. Condições semelhantes foram observadas em Tocantins, Piauí, Ceará e Maranhão", disse em relatório o Sistema Tempo Campo.

A pesquisa feita com as consultorias e a Conab considera as mais recentes atualizações para a nova temporada, iniciada oficialmente em abril, mas que a moagem só começou a avançar melhor nas últimas semanas, já que produtores postergaram a moagem com a intenção de aumentar a produtividade após quase um ano de chuvas abaixo da média na principal região produtora do país.

Os números divulgados pelos analistas da Archer Consulting, Canaplan, Datagro, Itaú BBAgro, Safras & Mercado, StoneX, da fornecedora de informações de commodities S&P Global Platts e da Conab apontam uma queda na moagem de cana entre 0,6% e 7,8% ante a temporada anterior. Com uma menor safra de cana moída, a produção de açúcar e de etanol também deve recuar no Centro-Sul, principal região produtora do Brasil.

A maior moagem de cana na nova temporada na região é vista pela Conab, com 574,80 milhões de t, sobre 540 a 553 milhões de t da Canaplan, que tem a previsão de menor safra entre as oito entidades consultadas na pesquisa.

A safra 2021/22 de açúcar no Brasil oscila entre as consultorias e a Conab entre 33,80 e 36,30 milhões de t e quedas entre 5,6% e 11% ante os números da temporada anterior. Na média das oito entidades, a produção do adoçante no Centro-Sul pode ficar em 35,28 milhões de t, uma queda de 8% ante a temporada anterior. O mix para o açúcar na nova temporada tem média de 46%, sobre 45% na última safra.

O volume previsto mais expressivo para a safra nova de açúcar no Brasil é da Datagro, com estimativa de 36,30 milhões de t, sobre 33,80 milhões de t da Canaplan na mínima da pesquisa.

A produção de etanol total no Centro-Sul, considerando de cana-de-açúcar e milho – matéria-prima que tem ganhado espaço nos últimos anos para produção de biocombustível –, registra na pesquisa média de 27,74 bilhões de litros em 2021/22, sobre 30,24 bilhões de litros no ciclo anterior. As estimativas isoladas das consultorias apontam para um recuo entre 3,3% e 10% na safra do biocombustível ante a última temporada.

A produção de etanol de milho e cana no Centro-Sul do Brasil no maior nível é apontada pela Datagro, com 31,86 bilhões de litros, e a menor da Canaplan, estimada em 24,50 bilhões de litros. Os açúcares totais recuperáveis (ATR) entre uma safra e outra apresentam oscilações menos expressivas, com uma média de 140,63 quilos por tonelada de cana na safra 2021/22, sobre 143,82 kg/t na última temporada.

Fonte - Notícias Agrícolas

 

 

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