Eleições americanas: o que esperar de cada candidato para o mercado agrícola?
Análise da Hedgepoint Global Markets empresa especializada em gestão de risco, inteligência de mercado e execução de hedge para os mercados agrícolas e de energia, aborda os impactos das eleições americanas para o mercado agrícola.
“A corrida pela presidência é sempre acompanhada de perto, pois seus resultados influenciam o futuro da economia global, incluindo a agricultura e o mercado de commodities”, analisa Chris Trant, chefe do Departamento de Agricultura dos EUA na Hedgepoint.
“A próxima eleição nos Estados Unidos e as mudanças políticas correspondentes terão um impacto direto nos setores agrícolas doméstico e internacional.”
Acordos comerciais
Internacionalmente, a presidência dos EUA tem um poder enorme de influenciar os acordos comerciais, a força do dólar e o papel desempenhado pelos EUA na segurança alimentar global.
No âmbito interno, o impacto será sentido na regularidade, na produção e nos programas domésticos de energia renovável.
Expectativas de cada presidente para a agricultura
Para obter mais apoio político do público rural, ambos os candidatos escolheram vice-presidentes com forte apelo nas comunidades produtoras.
No entanto, Trump e Harris têm abordagens diferentes sobre o futuro do mercado agrícola. Trabalho, energia renovável, preços dos alimentos e relações com a China estão entre as principais questões desta eleição.
O que esperar caso Trump for eleito?
Chris Trant relata que podemos esperar uma política agrícola semelhante à do último mandato de Donald Trump na Casa Branca (2017-2021).
Anteriormente, Trump se concentrava na desregulamentação ambiental, em políticas comerciais protecionistas, como tarifas, e na renegociação agressiva de acordos comerciais globais.
“Essa política agressiva de Trump acabou levando a uma guerra comercial com a China em 2018. O país era historicamente o maior comprador individual de soja dos Estados Unidos, e o atrito levou a uma queda nas exportações e no preço dos EUA. Como resultado, o Brasil substituiu os Estados Unidos como o principal exportador do produto para a China”, diz.
Trant ressalta ainda que o governo Trump criou um programa para compensar os agricultores dos EUA pela queda resultante nos preços. Essa foi uma consideração tanto econômica quanto política, pois os agricultores eram vistos como uma parte essencial da base eleitoral do presidente Trump.
Jornal Cana
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