Açúcar: Bolsa de NY cai mais de 1,5% nesta 2ª e se distancia dos 24 cents/lb
As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta segunda-feira (21) com queda expressiva na Bolsa de Nova York e moderada em Londres. O mercado foi pressionado pelo financeiro, com câmbio e petróleo, além das expectativas positivas com o Brasil.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve desvalorização de 1,52% no dia, cotado a 23,40 cents/lb, com máxima em 24,16 cents/lb e mínima de 23,38 cents/lb. Em Londres, a queda no dia foi de 0,76%, a US$ 681,80 a tonelada.
O mercado do açúcar chegou a oscilar dos dois lados da tabela nas bolsas nesta segunda-feira, mas acabou consolidando a baixa no final dos trabalhos. O mercado sentiu pressão das oscilações do financeiro neste início de semana, com petróleo e câmbio.
O petróleo operava com queda leve a moderada nesta segunda-feira nas bolsas externas acompanhando o financeiro e incertezas sobre a demanda. As oscilações do óleo bruto impactam nos preços dos combustíveis e na decisão de produção das usinas.
Ainda no financeiro, a alta do dólar sobre o real no dia também contribuiu para a queda nos preços externos. O dólar mais valorizado do que o real tende a encorajar as exportações, mas em compensação pesa sobre os preços externos da commodity.
Nos fundamentos, o mercado do adoçante ainda monitora as melhores expectativas para o adoçante no Brasil. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou na semana passada atualizações para a safra 2023/24 do Centro-Sul do Brasil.
"Os preços do açúcar estão sob pressão desde a última quinta-feira, quando a Conab elevou sua estimativa de produção de açúcar no Brasil 2023/24 para 40,9 milhões de t, de uma previsão em abril de 38,8 milhões de t, já que as condições climáticas favoráveis aumentaram a produtividade da cana-de-açúcar", destacou o Barchart.
Por outro lado, o mercado do adoçante continua a ser sustentado pelo clima seco na Índia, de acordo com a agência Reuters. A expectativa é de que as chuvas durante este mês de agosto totalizem os menores volumes desde o início dos registros em 1901.
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar têm trabalhado sem direção definida nas últimas semanas. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou a R$ 133,50 a saca de 50 kg - estável.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 147,26 a saca e queda de 1,17%, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 24,37 c/lb e queda de 1,02%.