Mais anidro na gasolina deve elevar demanda para 13,4 bi litros em 2024/25, diz StoneX
No começo de maio, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou que pretendia criar um grupo de trabalho para discutir o aumento da mistura de etanol anidro na gasolina, saindo dos atuais 27,5% para 30%. Pouco mais de dois meses depois foi a vez do vice-presidente Geraldo Alckmin comentar o assunto, defendendo o maior teor de biocombustível em um encontro com representantes do setor sucroenergético.
As declarações foram colocadas na ponta do lápis. De acordo com um estudo do Citi Research, a elevação na mistura pode retirar até 3,5% da matéria-prima disponível para a produção de açúcar. Já a agência Argus calculou que o consumo de gasolina A (pura) pode cair em até 107 milhões de litros mensais.
Por sua vez, a StoneX projetou um cenário de oferta e demanda para a gasolina A e o etanol anidro até a safra 2029/30. A consultoria considerou o início da mistura de 30% em conjunto com o começo da safra 2024/25, em abril do próximo ano. Também foram utilizadas médias de cinco anos para outras duas premissas, o que resultou em aumentos anuais de 1% na demanda pela gasolina C (com mistura) e de 1,5% na produção de etanol anidro.
“Nesse cenário, o consumo e a produção de anidro evoluiriam bem próximos, porém ainda assim apresentando um saldo positivo, cenário já observado anteriormente”, afirmam os analistas, em relatório.
Para 2024/25, a estimativa da StoneX é de um consumo de 13,4 bilhões de litros de anidro, alta de 22,9% ante a expectativa para a atual temporada (10,9 bilhões de litros) e de 39,6% em relação ao resultado de 2022/23. Já em 2029/30, por sua vez, o consumo do aditivo deve chegar a 14,1 bilhões de litros.
Leia mais no texto completo (exclusivo para assinantes NovaCana):
- Desdobramentos para o mercado nacional de biocombustíveis
- Impacto da alteração de mistura no preço nos postos
- Reflexos do momento político para o setor sucroenergético
Via NovaCana