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Agronegócio deve impulsionar balança comercial do Brasil, aponta Icomex

As exportações de produtos agropecuários brasileiros devem impulsionar a balança comercial do país, mesmo com a queda nos preços em agronegócio após o impacto da guerra na Ucrânia. As informações são do relatório do Indicador de Comércio Exterior (Icomex) divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

O superávit da balança comercial brasileira em abril foi de US$ 8,2 bilhões, com uma redução de 5,5% no valor exportado em comparação com abril de 2022, devido principalmente à queda de 9,5% nos preços. No entanto, o volume de exportações aumentou 4,1%.

O relatório da FGV destaca que a agropecuária é a principal fonte de dinamismo das exportações brasileiras no momento, impulsionada pelo aumento do volume. Embora os preços tenham caído 8,2% em abril de 2023 em relação ao mesmo período do ano anterior, as expectativas são favoráveis, especialmente devido à retomada das compras chinesas de carne e às condições favoráveis da safra no Brasil.

Além disso, “com a safra favorável e os problemas na Argentina (seca e questões cambiais), o cenário sinaliza para o aumento das exportações do Brasil em 2023 em relação a 2022”, avalia a nota do Icomex.

Em abril de 2023, as exportações agropecuárias representaram 32% do valor total das exportações brasileiras, um aumento em relação aos 27% registrados em abril de 2022. O volume exportado para a Argentina teve o maior aumento, com um crescimento de 30,3% em comparação com abril de 2022, destacando-se os produtos do setor automotivo e a soja.

Para o resto do globo, as remessas de abril tiveram movimentos mistos, com destaque para a China, principal mercado para as exportações brasileiras:

Ainda na nota do Icomex, a FGV comunicou que o recuo nos preços da agropecuária não se traduz em expectativas desfavoráveis para o desempenho do setor e aludiu ao início da Guerra da Ucrânia, que gerou um crescimento de preços das commodities do setor agro.

“Na comparação entre os meses de abril de 2022 e 2023, os preços aumentaram 46,7%. Esse recuo em abril reflete, em parte, a volta a patamares mais estáveis dos preços do setor (agronegócio)”, avaliou a FGV.

Por Estadão Conteúdo

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