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Açúcar: Nova York e Londres fecham a semana com forte alta

Os mercados futuros do açúcar fecharam valorizados na última quinta-feira (6) nas bolsas internacionais, aumentando os ganhos em uma semana marcada por forte valorização na commodity, que sofre com as perspectivas de quebra de safra em países da Europa e Ásia e na expectativa da safra brasileira que começa a ganhar volume.

Em Nova York, na ICE Futures, a quinta-feira viu a tela maio/23 subir incríveis 66 pontos, contratada a 23,61 centavos de dólar por libra-peso. Já a tela julho/23 foi contratada a 23,18 cts/lb, valorização de 63 pontos. Os demais contratos subiram entre 21 e 59 pontos.

Segundo Arnaldo Luiz Corrêa, da Archer Consulting, "as quatro sessões desta semana acumularam uma alta de 133 pontos no vencimento maio/23, praticamente a mesma variação positiva observada nos vencimentos seguintes: julho e outubro de 23 e março de 24. Os preços desses vencimentos que compõem a safra 23/24 do Centro-Sul subiram em paralelo, indicando forte pressão compradora indiscriminadamente em todos os meses. Não fosse dessa forma, os spreads teriam variado, o que não ocorreu. A crescente preocupação acerca da disponibilidade de açúcar contagiou o mercado e uma série de fatores altistas engrossaram o caldo".

Londres

Em Londres a ICE Futures Europe também fechou em alta em todos os contratos do açúcar branco. O vencimento maio/23 foi contratado a US$ 673,20 a tonelada, valorização de 9,30 dólares no comparativo com os preços da véspera. Já a tela agosto/23 foi comercializada a US$ 661,80 a tonelada, valorização de 15 dólares no comparativo com o dia anterior. Os demais contratos subiram entre 10,90 e 14,50 dólares.

"O frenesi do mercado de açúcar branco em Londres, com o prêmio de branco negociando incríveis 163 dólares por tonelada, contribuiu com uma dose a mais de munição para o desempenho de trem desgovernado em que o mercado de açúcar se transformou. Há apenas um mês, o maio/23 negociava 300 pontos mais barato! Com uma boa dose de pânico (por parte de consumidores industriais) e de senso de oportunidade (por parte dos fundos especuladores), o mercado está livre para continuar subindo (refiro-me ao vencimento maio/23). Para onde vai isso?", destacou Corrêa em seu artigo semanal que analisa o mercado de açúcar.

Ainda segundo o economista, "a continuidade dessa trajetória vai depender do nível necessário de cobertura a ser praticado pelos boquiabertos consumidores, do tamanho do bolso dos fundos (que devem estar long mais de 200,000 contratos), do que será feito com as mais de 50.000 calls (opções de compra) vendidas, que vencem na próxima semana, cujo preço de exercício varia entre 21 e 24 centavos de dólar por libra-peso e, dos efeitos do rombo causado pelas chamadas de margem nesse curto período de tempo".

Mercado doméstico

No mercado interno a quinta-feira também foi de alta nas cotações do açúcar cristal medidas pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi negociada pelas usinas a R$ 139,23 contra R$ 135,75 de quarta-feira, valorização de 2,56% no comparativo.

Por Rogerio Mian, via UDOP de Notícias

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