Exportação de açúcar do Brasil não aumentará no ritmo de produção, dizem especialistas
A exportação de açúcar do Brasil em 2023/24 não deverá crescer no mesmo ritmo da produção, uma vez que gargalos logísticos podem limitar os embarques, com o milho, a soja e o farelo de soja competindo por espaço nos portos brasileiros, de acordo com apresentação nesta quarta-feira em evento promovido pela consultoria Datagro.
Segundo números apresentados pelo trader Ricardo de Aguiar, da Raízen, a produção de açúcar do Centro-Sul do Brasil deverá crescer 3,6 milhões de toneladas em 2023/24, para 37,3 milhões de toneladas, enquanto a exportação deve aumentar 1,4 milhão de toneladas na comparação com a safra passada, para 26,9 milhões de toneladas.
Ele apontou ainda que as exportações de soja, farelo e milho devem somar 151 milhões de toneladas em 2023, versus 145 milhões de toneladas no ano passado.
Segundo a analista comercial da usina Aroeira, Gabriela Bosquetti, a capacidade máxima de exportação de açúcar em Santos, principal polo de exportação, soma 2,7 milhões de toneladas ao mês. Assim, escoar toda a produção de abril a dezembro vai exigir operação sempre no limite máximo.
“Qualquer imprevisto afetará o volume a ser entregue, perdendo espaço disponível para grãos”, disse ela, durante o evento.
Roberto Samora, via Nova Cana