Etanol ganha força na Índia e pode trazer novas oportunidades de emprego ao Brasil
Como estratégia para sua nova fase energética, a Índia irá aumentar a porcentagem de etanol na gasolina, o que irá impactar diretamente o mercado brasileiro, gerando muitos empregos.
Além disso, o país também irá se preparar para dispor uma maior preocupação com a segurança energética e com a descarbonização.
Atualmente, na Índia, na mistura da gasolina são acrescentados 10% de etanol, no entanto, na última segunda-feira, dia 6 de janeiro, o país já começou a implementar a nova mistura em 15 cidades, que contará com 20% de etanol.
O esperado é que até o ano de 2025 todo o território da Índia possa vir a contar com o combustível de mistura dobrada.
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Em 2020, o encontro do ex-presidente, Jair Bolsonaro (PL), com o primeiro ministro indiano, Narendra Modi, foi essencial para a aproximação dos países. No encontro, o país demonstrou interesse em começar a consumir o óleo e o biocombustível produzidos no Brasil.
Mas a aproximação dos países se intensificou ainda mais no ano de 2022, quando o ministro de Minas e Energia da época, Bento Albuquerque, junto a diversos representantes do mercado brasileiro do biocombustível, etanol, visitaram o país asiático.
É visto na Índia um grande parceiro para a ascensão do biocombustível, para a descarbonização do transporte, o que vai ao encontro dos países mais ricos, que investem em veículos elétricos.
Um maior uso do etanol na gasolina não é o único passo que a Índia dá para uma nova era energética, o país também irá investir na descarbonização e na segurança energética.
O primeiro ministro Modi, comenta "uma nação de mais de 1,4 bilhão deve ser protegida contra o aumento global de preços, para que a energia seja acessível, a um custo acessível".
Buscando se tornar net zero até o ano de 2070, a Índia irá reduzir o uso e a dependência do óleo e do gás. Mas também, utilizar biocombustíveis, hidrogênio e também carros elétricos para conseguir atingir a transição energética.
Também na segunda-feira, dia 06, o presidente Lula (PT) afirma que não somente a Petrobras, mas também a BNDES deverá voltar a investir no setor naval.
Promovendo um retorno da indústria Naval, o presidente afirma também que o país irá se recuperar dentro do mercado do óleo e do gás.
Bruna Machado, Capitalist, via UDOP