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Brasil adicionará até 500 MW de capacidade de cogeração em 2023

A capacidade de cogeração de energia do Brasil deve crescer entre 400 MW e 500 MW em 2023, considerando projetos de biomassa e gás natural, disse um porta-voz da associação industrial Cogen à BNamericas.

O presidente executivo da Cogen, Newton Duarte, diz haver um grande potencial de crescimento, principalmente com a possibilidade de aproveitamento da cana-de-açúcar e dos resíduos associados, como a vinhaça da produção de etanol e a torta de filtro da produção de biometano.

“Apostamos também no crescimento da cogeração de gás natural, sobretudo com novos fornecedores de gás a preços mais competitivos, fator que pode conferir maior viabilidade aos projetos de cogeração”, afirmou em comunicado público.

Duarte acrescentou que os projetos de cogeração consistem em energia distribuída, gerada em usinas próximas aos pontos de consumo, o que elimina a necessidade de investimentos em longas linhas de transmissão. “E é uma energia não intermitente. A cogeração é fundamental para uma matriz elétrica mais equilibrada, economizando água nos reservatórios das hidrelétricas”, relata.

A cogeração é o processo operado em uma instalação específica para produzir uma combinação de calor e energia a partir de uma fonte de energia primária.

Em dezembro de 2022, a cogeração nacional em operação comercial atingiu 20,4 GW, o que equivale a 10,8% da matriz elétrica do Brasil (189 GW). O aumento total no ano passado foi de 887 MW, que equivale a um crescimento de 4,5%. Um total de 639 MW foi adicionado em 18 novas usinas e 248 MW em sete expansões de capacidade.

Existem hoje 652 usinas de cogeração no país. A produção de energia a partir do bagaço da cana-de-açúcar é feita em 386 unidades, totalizando 12,3 GW de capacidade instalada, que representa 60,3% da cogeração total.

Entre os estados brasileiros com mais cogeração a partir de biomassa, São Paulo é o líder em capacidade instalada com 7,5 GW, seguido por Minas Gerais (2,1 GW), Mato Grosso do Sul (1,9 GW), Goiás (1,5 GW), Rio de Janeiro e Paraná (1,3 GW cada) e Bahia (1,1 GW).

Via NovaCana

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