Semana começa sem a Bolsa de Chicago para negócios com commodities no Brasil
A Bolsa de Chicago ainda não opera nesta segunda-feira, 2 de janeiro de 2023, depois do feriado de Ano Novo e retoma seus negocios apenas nesta terça (3), às 11h30 (horário de Brasília).
O mercado teve horários especiais definidos para as festas de final de ano e, dessa forma, para os negócios brasileiros a semana é um pouco mais curta e se inicia sem a referência - especialmente para a soja e derivados - da CBOT.
Na última sexta-feira (30), os futuros da oleaginosa negociados em Chicago terminaram um ano, pela primeira vez, acima dos US$ 15,00 por bushel, segundo relatou o analista de mercado Eduardo Vanin, da Agrinvest Commodities. Segundo ele, a possibilidade de mais altas para as cotações está mantida, uma vez que o clima na América do Sul, sobretudo na Argentina, ainda é o principal vetor para os preços.
Além da seca persistente na Argentina, Vanin ainda destacou a preocupação do mercado que começa com a nova safra dos Estados Unidos.
O ano começa também com foco na rentabilidade do produtor brasileiro. O início de um novo governo petista, ao menos em seus primeiros meses, deverá manter volátil o mercado cambial, influenciando diretamente na formação das cotações não só da soja, mas de uma série de commodities em o Brasil se destaca na exportação.
Ainda assim, como explica o analista da Agrinvest, a safra 2022/23 deverá ser rentável para o sojicultor do Brasil, que segundo seus cálculos, teve custo médio de 40 a 45 sacas por hectare, com possibilidade de margem de renda agora variando entre 60 e 65 sacas.
O conflito entre Rússia e Ucrânia também permanece com muito espaço no radar do mercado. Em janeiro, a guerra completa 11 meses e na última sexta-feira, as seguradoras de navios afirmaram que está cancelada a cobertura de guerra para as embarcações na região do Mar Negro. A medida começou a valer neste domingo, 1º de janeiro.
Por Carla Mendes. via Notícias Agrícolas