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Inflação de alimentos e escassez de grãos

É  pouco provável que a produção de alimentos básicos, como arroz e trigo, reponha os estoques esgotados em algumas partes do mundo, pelo menos no primeiro semestre de 2023, enquanto as lavouras de óleos comestíveis sofrem com o clima adverso na América Latina e Sudeste Asiático. 

"O mundo precisa de safras recordes para satisfazer a demanda. Em 2023, precisamos absolutamente fazer melhor do que este ano", diz Ole Houe, diretor de serviços de consultoria da corretora agrícola IKON Commodities em Sydney. O especialista acredita que é altamente difícil repor essa produção global, pelo menos por enquanto.  

Os contratos futuros de trigo, milho e óleo de palma caíram, mas os preços no mercado de varejo permanecem elevados e a oferta apertada deverá permanecer até o próximo ano. Os contratos futuros do trigo de referência em Chicago saltaram para a máxima histórica de US$ 13,64 o bushel em março, depois que a invasão da Ucrânia ao principal exportador de grãos, a Ucrânia, reduziu a oferta em um mercado já atingido por clima adverso e restrições pós-pandemia.

Por Agrolink

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