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Açúcar: Disparada do petróleo faz mercado em NY retomar os 20 cents/lb nesta 4ª feira

No Brasil, com usinas encerrando atividades na safra, preços já retomam os patamares do início do ano
Os futuros do açúcar encerraram a sessão desta quarta-feira (14) com alta expressiva nas bolsas de Nova York e Londres. O suporte veio dos preços mais altos de energia, principalmente petróleo, além da finalização da safra nas usinas do Centro-Sul.

Por outro lado, a produção na última quinzena de novembro surpreendeu.

O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York subiu 2,68%, cotado a 20.29 cents/lb. Já no terminal de Londres, o primeiro contrato também  teve valorização de 2,38%, a US$ 554,80 a tonelada.

O mercado do petróleo chegou a subir na sessão desta quarta mais de 3% nas bolsas externas em meio a previsões de aumento da demanda em 2023 e atenção para a oferta, principalmente depois da interrupção no oleoduto Keystone, nos Estados Unidos.

O dólar, porém, era um fator de pressão ao mercado. 

"O cenário continua apoiando os preços em três dígitos... A volatilidade recente apresenta um bom ponto à frente. Os saldos podem ser mais flexíveis para o próximo trimestre, mas no segundo trimestre uma nova alta de preços estará sobre nós", disse para a Reuters o analista da Bernstein, Oswald Clint.

As oscilações do petróleo impactam diretamente nas oscilações do açúcar e de todos os outros produtos ligados ao setor de energia. No Centro-Sul, as usinas têm a opção de produção durante a safra do açúcar ou do etanol, um biocombustível derivado da cana.

As usinas, inclusive, monitoram o cenário de tributos no país.

A demanda aquecida pelo açúcar brasileiro também é um fator de alta. Os dados de exportação do início de dezembro reportados neste início de semana foram muito positivos, com média diária acima do ano anterior, após recorde anual em novembro.

Ainda nos fundamentos, o mercado do açúcar também olha como suporte para os indicativos de que poucas usinas ainda devem moer açúcar nas próximas semanas no Brasil, ainda que os números da última quinzena de novembro tenham surpreendido os operadores.

Apenas na segunda metade de novembro foram produzidas 1,03 milhão de t do adoçante. Ou seja, uma alta anual de 532,32%.

"Os revendedores disseram que os suprimentos devem ser amplos no próximo ano, embora ainda haja algum aperto de curto prazo, parcialmente devido a atrasos na colheita no maior exportador da Tailândia", complementou a agência Reuters.

MERCADO INTERNO

Os preços do açúcar no mercado spot voltaram aos patamares do início do ano, em cerca de R$ 140 a saca, em meio moagem da safra 2022/23 finalizada na maioria das unidades produtoras.

No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, teve queda de 0,12%, negociado a R$ 139,17 saca de 50 kg.

Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 135,09 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 21,16 c/lb e alta de 1,91%.

 

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