Com chuvas prejudicando colheita no Brasil, preços do açúcar fecham mistos nas bolsas internacionais
As chuvas que assolam as principais regiões produtoras de cana-de-açúcar do Brasil continuam pressionando os mercados de açúcar ao redor do globo. Na última sexta-feira (9) as cotações da commodity fecharam mistas nas bolsas internacionais. Segundo analistas ouvidos pela Reuters, algumas usinas não conseguirão processar toda a matéria-prima neste ano, o que diminuirá a oferta de açúcar, regulando os preços.
Em Nova York, na ICE Futures, as cotações do açúcar bruto fecharam em baixa nas quatro primeiras telas. O vencimento março/23 foi contratado a 19,60 centavos de dólar por libra-peso, recuo de 8 pontos no comparativo com os preços do dia anterior. Já a tela maio/23 caiu 5 pontos, negociada a 18,46 cts/lb. Os demais vencimentos fecharam entre queda de 4 pontos e valorização de 7 pontos, na tela julho/24.
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Análise
Segundo Arnaldo Luiz Corrêa, diretor da Archer Consulting, "o mercado busca sustentação fabricando narrativas na Índia com uma redução estimada de 7% na produção. Todo cortador de cana sabe que é muito cedo palpitar sobre o tamanho da safra indiana nesse momento. A conversa procura dar mais sustentação aos preços internos daquele país, mas o risco de uma redução na safra -- neste momento -- é apenas conversa mole".
Londres
Em Londres, na ICE Futures Europe, a sexta-feira foi de alta na maior parte dos lotes do açúcar branco. O vencimento março/23 foi contratado a US$ 541,40 a tonelada, valorização de 80 cents de dólar no comparativo com os preços de quinta-feira. Já a tela maio/23 subiu 30 cents de dólar, negociada a US$ 527,00 a tonelada. Os demais lotes oscilaram entre a estabilidade, queda de 10 cents ou alta de 1,10 dólar.
Mercado doméstico
No mercado interno a sexta-feira foi de baixa nas cotações do açúcar cristal medidas pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi negociada pelas usinas a R$ 140,53 contra R$ 140,64 da véspera, pequena variação negativa de 11 centavos de real, ou 0,08%, no comparativo.
Por Rogerio Mian - Udop, via CanaOnline