Produção de açúcar da Índia fica quase estável no início da safra
A produção de açúcar na Índia, importante “player” do mercado global, tem sido forte nas últimas safras.
O país, maior consumidor global do adoçante, também tem exportado, sendo fator de limite para os preços.
As usinas indianas já contrataram a exportação de cerca de 3,5 milhões de toneladas de açúcar durante a atual temporada 2022/2023, disse o ISMA, um órgão de produtores.
No início deste mês, o governo indiano aprovou a exportação de 6 milhões de toneladas de açúcar em 2022/23, em linha com as expectativas do mercado para a primeira parcela do ano.
A expectativa é permitir mais exportações durante a temporada depois que o governo tenha uma noção mais clara da produção desta safra.
A Índia exportou mais de 11 milhões de toneladas de açúcar na temporada 2021/22.
Antecipando-se à liberação para exportação, muitos comerciantes fecharam contratos em agosto, setembro e outubro para vender açúcar no mercado mundial.
Como os preços globais subiram desde então, eles agora estão renegociando os preços dos contratos de exportação para buscar melhores retornos, disse a ISMA.
As usinas de açúcar têm renegociado e descumprido contratos para fornecer 400.000 toneladas do adoçante a compradores estrangeiros, disseram comerciantes à Reuters.
Muitas usinas pararam de assinar acordos de exportação porque esperam que os preços subam ainda mais e, apesar do recente aumento das cotações, o açúcar indiano era o mais barato do mundo, disseram eles.
A Índia deve produzir cerca de 36,5 milhões de toneladas de açúcar em 2022/23, um aumento de 2% em relação à temporada anterior, de acordo com a primeira previsão de produção da ISMA divulgada no mês passado.
Isso considera “desvio” de 4,5 milhões de toneladas de açúcar para a produção de etanol.
Durante 2021/22, as usinas desviaram 3,4 milhões de toneladas de açúcar para etanol.
Por Reuters, via Portal do Agronegócio