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Açúcar: contratos futuros encerram a semana em alta de 2% com usinas fixando mais

Os contratos futuros do açúcar encerraram a semana com valorização de 2%, ao menos, em alguns lotes, no comparativo com a semana anterior. Na última sexta-feira (18) a ICE Futures de Nova York viu as cotações do açúcar bruto fecharem em alta em todos os lotes. Segundo analistas ouvidos pela Reuters, "o mercado foi apoiado em parte por uma recuperação da moeda real do Brasil já que o novo governo procurou amenizar os temores sobre os gastos fiscais".

O lote março/23 de NY foi contratado na sexta a 20,05 centavos de dólar por libra-peso, alta de 32 pontos, ou 1,6%, no comparativo com os preços praticados na quinta-feira. Já o lote maio/23 subiu 22 pontos, contratado a 18,84 cts/lb. Os demais contratos subiram entre 14 e 18 pontos.

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Segudo Arnaldo Luiz Corrêa, da Archer Consulting, "nos últimos 30 dias, o açúcar em NY negociou a mínima de 17.55 centavos de dólar por libra-peso (há 3 semanas) e a máxima de 20.48 centavos de dólar por libra-peso (na última quarta-feira). Uma oscilação de 293 pontos em apenas 14 sessões. Isso equivale a uma variação de quase 65 dólares por tonelada, melhorando os preços do açúcar para a exportação em torno de 300-340 reais por tonelada".

"As usinas foram rápidas e não dormiram no ponto, nem acreditam em Papai Noel, fizeram a lição de casa e tudo indica que as fixações aumentaram razoavelmente nos últimos 10 dias. [Ainda não apuramos o volume, mas acreditamos que deve estar beirando os 55-60% de fixações para a safra 23/24]", destacou o diretor da Archer.

Ainda em sua análise semanal dos preços do açúcar, o economista destacou que a última vez que vimos uma variação dessa magnitude (293 pontos) em apenas 14 dias e dentro do mesmo contrato foi em 23 de fevereiro de 2021 (máxima de 18.94 e mínima de 15.82). "Depois de alcançar o preço máximo, o mercado colapsou. Com o intuito de comparação, nas últimas 1.000 sessões do açúcar em NY, a média de variação no período de 14 dias foi de 140 pontos", explicou.

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Na visão de Corrêa, o que pode manter o mercado acima de 20 centavos de dólar por libra-peso, "embora não acreditemos nessa possibilidade tendo em vista o cenário fundamentalista que se opõe a essa ideia, é se houver uma desvalorização do real frente à moeda americana combinada com uma subida dos preços do petróleo no mercado internacional, o que faria com que a arbitragem do etanol com o açúcar se estreitasse".

Londres

Em Londres, na ICE Futures Europe, a sexta-feira também foi de alta em todas as telas do açúcar branco. O vencimento março/23 foi contratado a US$ 543,30 a tonelada, valorização de 9,90 dólares no comparativo com a véspera. Já a tela maio/23 subiu 8,10 dólares, negociada a US$ 533,40 a tonelada. Os demais contratos subiram entre 4,90 e 6,80 dólares.

Mercado doméstico

No mercado interno a sexta-feira foi de alta nas cotações do açúcar cristal medidas pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi negociada pelas usinas a R$ 131,93 contra R$ 131,71 de quinta-feira, valorização de 0,17% com comparativo. No mês de novembro o indicador já valorizou 2,86%.

Rogerio Mian

Por  Agência UDOP de Notícias

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