Preocupações com oferta indiana e real fraco derrubam preços do açúcar
Preocupações com a oferta de açúcar no segundo maior player mundial: a Índia e a fraqueza do real ante o dólar derrubaram as cotações do açúcar nesta quinta-feira (17) nas bolsas internacionais. Segundo analistas ouvidos pela Reuters, "um real fraco incentiva a venda de commodities cotadas em dólar no Brasil, aumentando os retornos em termos de moeda local".
Na ICE Futures de Nova York, o açúcar bruto, vencimento março/23, foi contratado ontem a 19,73 centavos de dólar por libra-peso, recuo de 54 pontos, ou 2,7%, no comparativo com a véspera. Já a tela maio/23 caiu 44 pontos, negociada a 18,62 cts/lb. Os demais lotes desvalorizaram entre 11 e 36 pontos.
Ainda segundo a Reuters, os corretores disseram que o mercado estava tecnicamente sobrecomprado após seu forte avanço recente, portanto, "o declínio não foi inesperado, enquanto os fundos também pareciam estar respirando após uma recente onda de compras".
"Os preços fracos do petróleo e a alta do dólar aumentaram a pressão sobre os contratos futuros de açúcar, disseram negociantes", em nota trazida pela Agência Internacional de Notícias.
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Londres
Em Londres, na ICE Futures Europe, a quinta-feira também foi de baixa em todos os lotes do açúcar branco. O vencimento março/23 foi contratado ontem a US$ 533,40 a tonelada, recuo de 11,20 dólares no comparativo com os preços do dia anterior. Já a tela maio/23 caiu 11,80 dólares, negociada a US$ 525,30 a tonelada. Os demais contratos caíram entre 9,30 e 11,10 dólares.
Mercado doméstico
No mercado interno o Indicador Cepea/Esalq, da USP, para o açúcar cristal fechou com forte alta ontem. A saca de 50 quilos foi negociada pelas usinas a R$ 131,71 contra R$ 129,92 a saca praticada na quarta-feira, valorização de 1,38% no comparativo entre os dias.
Etanol hidratado
Após dois dias seguidos em alta as cotações do etanol hidratado voltaram a cair nesta quinta-feira pelo Indicador Diário Paulínia. O biocombustível foi negociado pelas usinas ontem a R$ 2.886,00 o m³, contra R$ 2.901,00 o m³ praticado no dia anterior, desvalorização de 0,52% no comparativo.
Rogerio Mian - via UDOP