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Cresce a estimativa de superávit global de açúcar em 2022/23

A Organização Internacional do Açúcar (ISO, na sigla em inglês) elevou para 6,1 milhões de toneladas sua projeção de superávit de açúcar na safra 2022/23 - a previsão anterior, de agosto, era de de 5,5 milhões de toneladas. Para o ciclo 2021/22, a entidade prevê déficit de 1,6 milhões de toneladas.

A estimativa da ISO para a produção de açúcar em 2022/23 passou de 181,9 milhões para 182,1 milhões de toneladas. Para o consumo, a organização projeta 175,9 milhões de toneladas, volume 1,6 milhão de toneladas superior ao do ciclo 2021/22.

"Com o início da temporada 2022/23, vemos a oferta [de açúcar] do hemisfério norte aumentando à medida que as colheitas começam", afirmou a ISO, em comunicado. Já o volume de produto disponível para embarque aumentou, diz a entidade, graças ao anúncio das licenças de exportação na Índia ao aumento da oferta de estoques para venda ao exterior na Tailândia.

A organização ressaltou ainda a importância da produção do adoçante no Brasil, que pode mexer com o balanço mundial de oferta e demanda. "A chave para a balança comercial 2022/23 será a produção adicional no Brasil prevista para este ciclo, que provavelmente aumentará a disponibilidade de exportação".

A ISO estima que a oferta global de exportação em 2022/23 será de 64,4 milhões de toneladas - no relatório anterior, a previsão era de 62,8 milhões de toneladas. A projeção para a demanda de importação, por sua vez, que foi de 62,1 milhões de toneladas no ciclo anterior, é agora de 61,5 milhões de toneladas.

Já a previsão para os estoques globais subiu de 96,8 milhões para 99,7 milhões de toneladas. Com isso, a relação entre estoque final e consumo deverá ser de 56,68% em 2022/23, o que representará um aumento em comparação com a temporada anterior, quando a proporção foi de 55,56%.

Preços

Para a entidade, a tendência das cotações do açúcar está entre a neutralidade e a baixa. "Nos últimos meses, os preços do açúcar bruto se enfraqueceram marginalmente, embora as pressões inflacionárias tenham aumentado substancialmente, elevando os custo de produção para produtores e processadores de açúcar", destaca a entidade.

Em outubro, o preço médio foi de US$ 17,54 centavos por libra-peso, segundo o indicador da ISO, ou 31 centavos de dólar por libra-peso a menos que no relatório anterior. "Nos últimos três meses, os especuladores do mercado de açúcar, e do de commodities em geral, ficaram significativamente menos otimistas, e as posições não-comerciais de açúcar estavam neutras em 1º de novembro", destacou a ISO.

Por Valor Econômico, via Cana Online

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