Lucro líquido do CTC totalizou R$ 25 milhões no 2T23
O Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) registrou receita líquida de R$ 91,5 milhões, no segundo trimestre da safra 2022/23, com redução de 10,5% em relação a igual período da safra anterior.
A redução é reflexo do término da vigência da proteção das cultivares e consequente direito à cobrança do royalty das variedades CTC 1 a 5, compensada pela melhora no mix com variedades de maior valor agregado.
O EBITDA no 2T23 totalizou R$ 39 milhões, menos 13,3% em relação ao período anterior, com a redução na receita e o crescimento nos investimentos em P&D e na área comercial. O lucro líquido atingiu R$ 25 milhões, menos 4,6% em relação ao 2T22, impactado por menor receita e EBITDA. A queda foi parcialmente compensada por melhor resultado financeiro.
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“A queda da proteção das variedades CTC 1 a 5, evento não recorrente, já era prevista desde a implantação do modelo comercial em 2012, ano de início da cobrança de royalties sobre o material genético de propriedade do CTC”, explica a empresa.
De acordo com o CTC, estas variedades, registradas e utilizadas pelo mercado antes da implantação do novo modelo, resultaram em aproveitamento comercial parcial frente ao período de patente. As novas variedades, lançadas após 2012, fazem parte de uma gestão de portfólio que administra a sua vida comercial desde o lançamento até a queda de proteção das cultivares, sendo substituídas de forma gradativa e programada por variedades mais produtivas e de maior valor agregado.
Segundo Rinaldo Pecchio, diretor Financeiro e Relações com Investidores do CTC, as Invariedades CTC 1 a 5 atingiram sua maturidade nas últimas safras e estão cedendo espaço para variedades mais avançadas, com maior produtividade.
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“Embora haja impacto na receita, esse efeito será compensado progressivamente com a melhora na adoção do mix de produtos e a expansão das variedades premium e variedades geneticamente modificadas (GM)”, diz o executivo.
O caixa líquido do CTC no 2T23 totalizou R$ 309 milhões, aumento de 53,6% em relação ao mesmo período da safra anterior, demonstrando a solidez financeira da companhia mesmo nesse momento de desafios importantes no cenário econômico brasileiro e mundial.
Os custos de pesquisa e desenvolvimento alocados no resultado do segundo trimestre de 23 totalizaram R$ 35,4 milhões, aumento de 1,5% sobre o 2T22, devido ao forte ritmo dos projetos em andamento, com destaque para o Projeto Sementes, novo sistema de plantio comercial desenvolvido pela companhia para substituir o sistema atual, além das pesquisas em biotecnologia. Os custos de P&D, incluindo as adições ao intangível, representaram 50,4% da receita líquida no 2T23, comparado a 41% no mesmo período do ano anterior.
Por Andréia Vital, via Jornal Cana
