Negociações de Cbios voltam a recuperar seu valor
Após amargarem um período de três meses de baixa, em julho o valor caiu de 200 até pouco mais de 50,00, os valores dos Cbios, voltaram a subir.
No início de julho, os preços dos Cbios estavam em R$ 200, mas despencaram depois que o governo postergou o prazo para as distribuidoras cumprirem a meta de 2022 para setembro de 2023.
Os títulos chegaram a ser negociados perto de R$ 50, mas desde setembro começaram a recuperar seu valor. Os preços médios das negociações fecharam o mês de outubro cotados em R$ 97,78/Cbio.
De acordo com o monitoramento do mercado de Cbios feito pelo Itaú BBA, o número de Cbios disponíveis no fechamento do mês de outubro é de 28,2 milhões de títulos.
“O volume de Cbios aposentados até o fim da segunda quinzena de outubro representa 20,7% da meta anual total 36 milhões. O volume de aposentados somado ao disponível na parte obrigada totaliza 80,6% da meta”, mostra o relatório.
Em nota técnica divulgada no último dia 31, o Ministério das Minas e Energia (MME) publicou uma proposta referente às metas do RenovaBio para o decênio de 2023 a 2032, submetida a consulta pública por 15 dias.
Considerando um horizonte de 2023 a 2032, o MME manteve as metas previstas no ano passado para o período de 2024 a 2031. Entretanto, a pasta diminuiu em 16,3% o valor central para 2023, que passaria dos 42,35 milhões de Cbios projetados até então para 35,45 milhões. O número também é 1,5% inferior ante ao atualmente em vigor, de 36 milhões de Cbios.
Caso seja aprovada pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), a nova meta do ano que vem ficaria ligeiramente aquém de 2022.
A nota técnica da proposta considera, por exemplo, a manutenção da mistura do biodiesel no diesel em 10% em 2023, apesar de a resolução do CNPE terminar em 31 de dezembro, o que abriria espaço para o retorno do cronograma inicial de mistura.
Após a análise e a compilação das contribuições recebidas durante a consulta pública, o Comitê RenovaBio encaminhará as recomendações para a deliberação do CNPE.
Por Andréia Vital, via Jornal Cana
