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Açúcar chega a virar e encerra 5ª feira na estabilidade em NY e com queda em Londres

As cotações futuras do açúcar encerraram esta quinta-feira (03) próximas da estabilidade na Bolsa de Nova York, após virada no final dos trabalhos, mas seguiu em baixa em Londres. O dia foi de atenção ao financeiro, além das informações das origens.

O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York ficou estável, cotado a 18,47 cents/lb, com máxima de 18,49 cents/lb e mínima de 18,20 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato teve desvalorização de 0,17% no dia, a US$ 535,90 a tonelada.

O mercado acompanhou as oscilações do financeiro durante a maior parte do dia. O petróleo caía mais de 1% e impactava o adoçante depois do anúncio de ontem de aumento das taxas de juros norte-americanas e elevação do dólar.

O cenário de juros nos Estados Unidos aumenta os temores de uma recessão global, o que afetaria a demanda por combustível. No Centro-Sul do Brasil, as usinas têm a opção de produção de açúcar ou de etanol, um biocombustível substitutivo da gasolina.

O câmbio também impactava nas oscilações do adoçante. Um dólar mais forte tende a encorajar as exportações e pesa sobre os preços externos.

Além disso, o mercado do açúcar sente pressão de um movimento de realização de lucros ante a sessão anterior acompanhando o financeiro. Nos fundamentos, há atenção para as informações de safra positiva começando na Índia e a do Centro-Sul do Brasil.

"Espera-se uma recuperação mais intensa da produtividade e uma extensão da safra até dezembro (se o clima ajudar). Revisamos nossos números totais de cana de 540Mt para 546,5Mt -- observe que nos mantemos conservadores em comparação com a média do mercado, de 550Mt", afirma a analista de Açúcar e Etanol da hEDGEpoint, Lívea Coda.

Na Índia, além das perspectivas com a nova safra, o mercado aguardo por importantes anúncios. "O mercado ainda aguarda o anúncio das cotas de exportação do governo da Índia. Há rumores de que deve ficar perto de 18% da produção total", pontua Lívea.

MERCADO INTERNO

Os preços do açúcar no mercado físico brasileiro estão cada vez mais próximos de retomar os R$ 130 a saca. Segundo analistas, a demanda está aquecida e as últimas quinzenas no Brasil têm registrado impacto na moagem por conta das chuvas.

No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, teve alta de 0,64%, a R$ 129,08 a saca de 50 kg.

Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 145,00 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 19,93 c/lb e valorização de 2,46%.

Por Jhonatas Simião, via  Notícias Agrícolas

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