Os contratos futuros do açúcar operavam com alta expressiva nas bolsas de Nova York e Londres nesta tarde de segunda-feira (31). O mercado tem suporte do câmbio, com desvalorização do dólar sobre o real, além de ajuste de posições.

O mercado também acompanha as informações para a Índia.

Por volta das 12h31 (horário de Brasília), o açúcar do tipo bruto tinha valorização de 1,48% na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), cotado a 17,84 cents/lb. Já no terminal de Londres, o tipo branco saltava 2,46%, a US$ 528,30 a tonelada.

Os preços do açúcar disparavam nas bolsas externas nesta tarde acompanhando o câmbio com desvalorização expressiva do dólar sobre o real. Uma moeda estrangeira mais baixa tende a desencorajar as exportações das commodities.

O câmbio acompanha o desenrolar do segundo turno das eleições 2022.

Além disso, a Índia, segundo maior produtor de açúcar do mundo, estendeu as restrições às exportações de açúcar por um ano até outubro de 2023, disse um comunicado do governo, mas ainda deve fixar uma cota esta semana para vendas no exterior.

"Os negociantes acrescentaram que o açúcar pode tentar encontrar um piso nesses níveis após a recente queda de preço, especialmente devido à incerteza sobre a política de exportação da Índia", destacou a agência de notícias Reuters.

Já como fator de pressão, o mercado do adoçante acompanha as expectativas sobre a próxima safra de cana-de-açúcar do Centro-Sul do Brasil que foram elevadas nos últimos dias com chuvas sendo registradas, apesar de alguns impactos na moagem.

Além disso, a Índia prevê que a produção em 2022/23 (outubro-setembro) aumentará 2%, para 36,5 milhões de toneladas, com alta de 5% na área cultivada de cana-de-açúcar.

Por Jhonatas Simião, via Notícias Agrícolas