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Continuar moendo ou parar e voltar a moer em 2023 com a expectativa de melhores preços para o etanol?

Segundo informações do Relatório quinzenal da safra canavieira 2022/23, divulgado pela União das Indústrias de Bioenergia (Unica), a operacionalização da colheita foi prejudicada na primeira metade de outubro devido a um regime de chuvas consistente nas regiões produtoras de cana-de-açúcar, com maiores índices pluviométricos registrados no Paraná, Mato Grosso do Sul e região abaixo do rio Tietê em São Paulo. Nesse contexto, a despeito do avanço da moagem nesta quinzena, a safra permanece defasada em aproximadamente 30 milhões de toneladas que serão recuperadas a depender do aproveitamento da moagem, que está sujeita às condições climáticas das próximas quinzenas.

A qualidade da matéria-prima colhida nos primeiros 15 dias de outubro, mensurada em kg de ATR por tonelada de cana-de-açúcar processada, apresentou redução de 8,07% na comparação com o mesmo período do ciclo agrícola anterior, registrando 143,78 kg de ATR por tonelada colhida. No acumulado da safra, a queda é de 1,53% com o indicador marcando 141,09 kg de ATR por tonelada.

Em decorrência das chuvas, várias unidades devem ter a colheita empurrada para o período mais chuvoso, o que acarreta problemas como mais paradas da indústria por falta de cana, dificuldade em colher, tirar a cana do campo, carregar mais terra para a indústria, menor ATR. Esses fatores fazem com que alguns gestores pensem em parar a moagem e antecipar a retomada em 2023. O que também está sendo levado em conta para essa parada, é o menor preço do etanol. A expectativa é que a partir de fevereiro o preço do combustível verde esteja aumente, remunerando melhor os produtores.

Por CanaOnline

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