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Mercado de commodities enfrenta seca global

O mercado de commodities tem sido impactado por vários fatores. De uma pandemia global à inesperada guerra na Ucrânia, essas questões não apenas aumentaram a volatilidade, mas fizeram os preços dos ativos subirem a níveis que causam inflação.

Além disso, uma recente seca global na Europa, em partes da China e dos Estados Unidos levantou uma bandeira vermelha para todos que esperavam o início de um movimento de queda nos preços, destaca a hEDGEpoint Global Markets em relatório especial.  

“A geração de energia diminuiu na China, assim como os fluxos de diesel foram reduzidos na Europa devido aos baixos níveis de água do rio Reno”, indica o analista de Grãos e Macroeconomia da companhia, Alef Dias. Segundo a hEDGEpoint, a seca já causa impactos no mercado de energia e commodities agrícolas, bem como terá implicações nos fundamentos macroeconômicos -- já bastante preocupantes com a persistente inflação.

A estiagem teve um impacto severo nas safras de soja e, principalmente, de milho nos EUA e Europa. No caso da oleaginosa, a safra recorde esperada no Brasil pode ser um fator de alívio no curto prazo. Quanto ao cereal, no entanto, o mercado pode seguir apertado no médio prazo com a produção mais tímida -- esperada também na Argentina -- e uma nova safra de inverno brasileira apenas para maio e junho de 2023.

A Europa é uma das regiões onde a seca mais impactou as culturas de grãos. Com a redução da precipitação, as ondas de calor chegaram ao continente mais cedo do que o esperado e com intensidades recordes nos últimos 40 anos, levando a uma deterioração relevante da produção de milho e trigo nos países produtores.

A produção de café no Brasil tem sido afetada por condições climáticas adversas nas duas últimas safras. O balanço hídrico está em 77% da média no Sudeste — onde estão localizados 86% da produção brasileira. “Os níveis de precipitação mais baixos devido a um La Niña ativo poderiam colocar o balanço global do café em outro déficit”, pontua o relatório. 

Como toda commodity agrícola, a produção de açúcar depende do clima. Recentemente, uma onda de calor extremamente seca atingiu alguns de seus principais players: Europa, China e EUA. Em um contexto de escassez de curto prazo, a previsão é de possíveis problemas de disponibilidade.

Por hEDGEpoint Global Markets, via Portal do Agronegócio

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