Contratos futuros do açúcar fecham mistos nas bolsas internacionais com preocupações sobre recessão e inflação

Os contratos futuros do açúcar fecharam mistos nesta quinta-feira (29) nas bolsas internacionais. Segundo analistas ouvidos pela Reuters, os traders avaliam o aperto da oferta de curto prazo contra "as preocupações nos mercados financeiros globais mais amplos sobre recessão e inflação".

Na ICE Futures de Nova York, os dois primeiros contratos, outubro/22 e março/23, fecharam no azul, cotados, respectivamente, a 18,44 e 17,77 centavos de dólar por libra-peso, valorização de 15 e 6 pontos no comparativo com a véspera. A tela maio/23 fechou estável a 16,99 cts/lb e os demais lotes recuaram entre 1 e 4 pontos.

"Os negociantes disseram que a incerteza sobre a última parte da colheita no Brasil está sustentando os preços, mas também observaram um provável superávit global na próxima temporada e uma demanda incerta", destacou a Reuters.

Londres

Em Londres, na ICE Futures Europe, o açúcar branco também fechou valorizado nas duas primeiras telas. O vencimento dezembro/22 foi contratado a US$ 529,80 a tonelada, alta de 2,30 dólares no comparativo com a quarta-feira. Já a tela março/23 subiu 80 cents de dólar, negociada a US$ 493,30 a tonelada. Os demais contratos fecharam no vermelho entre 60 cents e 1,20 dólar.

Ontem o grupo Tereos, maior produtor de açúcar da França, anunciou que teve que desacelerar sua produção depois que greves na TotalEnergies impediram o fornecimento de diesel, o que trouxe preocupações ao mercado.

Mercado interno

No mercado interno brasileiro o açúcar cristal fechou desvalorizado pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi negociada pelas usinas a R$ 124,31, recuo de 0,91% no comparativo com os preços praticados no dia anterior.

Etanol hidratado

Já o etanol hidratado fechou novamente em alta pelo Indicador Diário Paulínia ontem, acumulando sua quinta valorização consecutiva. O biocombustível foi negociado nesta quinta-feira a R$ 2.648,00 o m³, contra R$ 2.603,00 o m³ praticado na quarta-feira, valorização de 1,73%. No acumulado do mês o indicador registra ganho de 8,66%.

Por Rogerio Mian, via  Agência UDOP de Notícias