Açúcar: contratos futuros iniciam semana mistos pressionados pelo dólar e petróleo em alta
Os contratos futuros do açúcar iniciaram a semana mistos nas bolsas internacionais, ainda sob influência da alta nas cotações do petróleo, que ontem subiu cerca de 2%, e a disparada do dólar sobre o real. "Uma moeda estrangeira mais forte tende a encorajar as exportações das commodities, mas em compensação pesa sobre os preços externos", destacaram analistas ouvidos pelo portal Notícias Agrícolas.
Em termos de fundamentos, o mercado acompanha, ainda, as chuvas na principal região produtora da commodity no Brasil, o Centro-Sul, o que pode impactar positivamente na produtividade da safra 2023/24. O mercado aguarda, ainda, os números do balanço de safra que a Unica -- União da Indústria de Cana-de-açúcar deve soltar nesta terça-feira no final da manhã.
Diante deste cenário a ICE Futures de Nova York viu as cotações do açúcar bruno fecharem no azul apenas no lote outubro/22, que expira na sexta-feira. A commodity foi negociada ontem a 18,35 centavos de dólar por libra-peso, valorização de 7 pontos no comparativo com os preços praticados na sexta. Já a tela março/23, de maior liquidez, fechou desvalorizada em 2 pontos, com contratos em 17,62 cts/lb. Os demais vencimentos recuaram entre 6 e 22 pontos.
Londres
Em Londres, na ICE Futures Europe, a segunda-feira foi de alta apenas nos dois primeiros lotes, dezembro/22 e março/23, que fecharam, respectivamente, em US$ 534,20 e US$ 497,40 a tonelada, valorização de 1,50 dólar e 10 cents de dólar. As demais telas fecharam depreciadas entre 10 cents de dólar e 3,30 dólares a tonelada.
Mercado doméstico
No mercado interno o açúcar cristal medido pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP, fechou com leve alta nesta segunda-feira. A saca de 50 quilos foi negociada pelas usinas a R$ 124,62 contra R$ 124,43 de sexta-feira, valorização de 0,15% no comparativo entre as datas.
Etanol hidratado
O etanol hidratado também fechou levemente valorizado nesta segunda pelo Indicador Diário Paulínia. Ontem, o biocombustível foi negociado pelas usinas a R$ 2.487,00 o m³, variação positiva de 0,14% no comparativo com os preços praticados na sexta-feira (23).
Por Rogerio Mian, da Agência UDOP de Notícias, via Cana Online