RECESSÃO GLOBAL E OFERTA AMPLA DO BRASIL DERRUBAM PREÇOS DO AÇÚCAR

Os contratos futuros do açúcar iniciaram a semana em forte baixa com "apostas de ampla oferta vinda do Brasil e temores generalizados de uma recessão global", segundo analistas ouvidos pela Reuters. Em Nova York, na ICE Futures, a commodity fechou na menor cotação em mais de 1 ano.

O açúcar bruto para outubro/22 da ICE foi negociado ontem a 17,47 centavos de dólar por libra-peso, queda de 2,3%, ou 42 pontos, no comparativo com os preços de sexta-feira. Já a tela março/23 caiu 40 pontos, negociada a 17,66 cts/lb. Os demais lotes desvalorizaram entre 15 e 35 pontos.

Ainda segundo a Reuters, os temores de recessão dominaram os mercados financeiros antes da reunião de política monetária de dois dias do Federal Reserve nesta semana. Este poderia ser o mais recente sinal do banco central dos Estados Unidos de um ritmo ainda mais rápido de aperto da política monetária.

"Os negociantes disseram que os temores estavam pesando sobre o açúcar, acrescentando que os investidores também acreditam cada vez mais que o Brasil produzirá, nesta temporada, pelo menos a mesma quantidade de açúcar da safra anterior", destacou a agência internacional de notícias.

Londres

Em Londres o açúcar branco também fechou no vermelho em todos os lotes. O vencimento outubro/22 foi negociado a US$ 512,10 a tonelada, desvalorização de US$ 11,30, ou 2,2%, no comparativo com os preços de sexta-feira.

Mercado doméstico

No mercado interno o Indicador Cepea/Esalq, da USP, para o açúcar cristal, fechou no vermelho nesta segunda-feira. A saca de 50 quilos foi negociada pelas usinas a R$ 130,08 contra R$ 131,11 a saca de sexta-feira, desvalorização de 0,79% no comparativo.

Etanol hidratado

Ontem o etanol hidratado fechou valorizado pelo Indicador Diário Paulínia. O biocombustível foi negociado pelas usinas a R$ 3.025,00 o m³, contra R$ 3.017,00 o m³ praticado na sexta-feira, valorização de 0,27% no comparativo.