Energia do bagaço da cana atrai investidores a usinas
Após uma aguda crise há pelo menos sete anos, usinas de açúcar e etanol voltaram a atrair a atenção de investidores. Mas, dessa vez, o interesse de fundos e gestoras está no que era antes um subproduto do processo de produção dessas usinas: a energia gerada por meio do bagaço de cana.
A energia por meio da biomassa, que responde por 4% do consumo do Brasil, está valorizada e é única divisão lucrativa de usinas sucroalcooleiras, dizem essas fontes, lembrando a longa fase de ciclo de baixa dos preços do açúcar e do etanol.
"A cogeração é uma receita garantida para essas usinas, que negociam contratos de longo prazo, de 15 a 25 anos", afirma Antonio de Padua Rodrigues, diretor da União da Indústria da Cana-de-açúcar (Unica).
"Entre construir uma PCH e comprar um ativo de biomassa pronto, é mais vantagem hoje adquirir uma usina", disse uma fonte do mercado financeiro."O negócio açúcar e álcool é 'plus', uma vez que vem quase de graça." Ao levar a usina, ainda se beneficia no longo prazo com a valorização do açúcar e etanol.
Fonte: http://exame.abril.com.br/negocios/noticias/energia-do-bagaco-da-cana-atraem-investidores-a-usinas