COM REAL EM ALTA, COTAÇÕES DO AÇÚCAR ATINGEM MÁXIMA DE 1 MÊS
Com o Real próximo de atingir a máxima de dois anos, as cotações do açúcar nos mercados externos encerraram o pregão ontem (5) em alta, atingindo o pico de um mês na ICE, de Nova York. Isso porque, segundo analistas ouvidos pela Reuters, com o dólar baixo, as usinas limitam as exportações.
O contrato maio/22 do açúcar bruto comercializado na ICE fechou ontem cotado a 19,65 centavos de dólar por libra-peso, valorização de 4 pontos no comparativo com a véspera. Já a tela julho/22 subiu 8 pontos, negociada a 19,50 cts/lb. Os demais contratos subiram entre 4 e 8 pontos.
Ainda segundo a Reuters, "operadores disseram que os altos preços do petróleo e o fortalecimento do real continuam a tornar a produção de etanol no Brasil mais competitiva do que o açúcar, sugerindo que uma grande porcentagem de cana-de-açúcar será usada para produzir etanol quando a moagem de 2022/23 começar".
Açúcar branco
Na ICE Futures Europe a terça-feira foi de alta, também, em todos os lotes do açúcar branco. O contrato maio/22 foi comercializado a US$ 544,60 a tonelada, valorização de 3,90 dólares no comparativo com os preços da véspera. Já a tela agosto/22 subiu 4,80 dólares, negociada a US$ 535,90 a tonelada. Os demais lotes valorizaram entre 2,90 e 4,30 dólares.
Mercado doméstico
Na contramão, o mercado doméstico fechou ontem em baixa pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos do açúcar cristal foi comercializada a R$ 143,23, contra R$ 143,65 da véspera, recuo de 0,29% no comparativo.
Etanol hidratado
Já o etanol hidratado, medido pelo Indicador Diário Paulínia, fechou em alta nesta terça-feira, com o metro cúbico negociado em R$ 3.523,50, contra R$ 3.487,50 o m³ praticado na véspera, valorização de 1,03%.
Rogerio Mian
Fonte: Agência UDOP de Notícias